CPI retoma trabalhos com depoimento de reverendo que negociou vacinas
A CPI da Covid retoma os trabalhos na manhã desta terça-feira, 3, com o depoimento de Amilton Gomes de Paula, reverendo e titular da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários. A comissão investiga o papel do religioso na negociação entre o Ministério da Saúde e a Davati Medical Supply por 400 milhões de doses da vacina contra...
A CPI da Covid retoma os trabalhos na manhã desta terça-feira, 3, com o depoimento de Amilton Gomes de Paula, reverendo e titular da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários. A comissão investiga o papel do religioso na negociação entre o Ministério da Saúde e a Davati Medical Supply por 400 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório britânico AstraZeneca.
Amilton chegará ao colegiado com o direito de permanecer em silêncio quando indagado sobre fatos que possam levá-lo à autoincriminação, conforme decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux. O ministro, porém, frisou que o reverendo terá de falar sobre questões que digam respeito a terceiros.
De acordo com as investigações, o reverendo teria aberto as portas do Ministério da Saúde para o representante comercial da Davati e policial militar, Luiz Paulo Dominguetti. Mensagens em posse da CPI indicam ainda que o vendedor de vacinas esperava chegar à Presidência da República por meio do reverendo, conforme noticiou O Antagonista.
Contato de Amilton, Dominguetti é o representante comercial que alegou ter recebido uma exigência de propina de um dólar por dose do ex-diretor de Logística do ministério Roberto Ferreira Dias em troca da condução das tratativas com a pasta. O PM negociou vacinas inexistentes, uma vez que a própria empresa admitiu não ter os imunizantes ofertados ao governo federal, tampouco representar a AstraZeneca.
Além de tomar o depoimento do reverendo, a CPI pode votar 135 requerimentos. A lista inclui a quebra dos sigilos telefônico, telemático, fiscal e bancário do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, e do deputado federal Luis Miranda. Os dois são peças centrais no escândalo Covaxin.
Na pauta há ainda os pedidos de convocação do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e de Ana Siqueira Valle, ex-cunhada de Jair Bolsonaro, que, em áudios, indicou a participação direta do presidente da República em esquemas de rachid operados em gabinetes do clã Bolsonaro.
"Ela pode explicar se houve espelhamento do esquema das rachadinhas no governo federal. Como se sabe, Carlos Bolsonaro é peça fundamental no ministério paralelo e Flávio Bolsonaro um influente filtro de indicações", justificou o autor do requerimento, Renan Calheiros, nas redes sociais.
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Comentários (1)
Humberto
2021-08-03 09:17:58Quer ficar rico no Brasil??? Vira Bicheiro, traficante , Dono de Cartório, Grileiro no Para, Delegado Federal em Fronteira, Político, Presidente de PPolitico, Filho de Presidente da República (Ronaldinhos),Membros da justiça (federal,estadual,municipal), Dono de Igreja e Pastores, Membro da Melícia (pcc, cv) ….. !!!se nós olharmos acima , todas está organizações estão envolvidas em política , Bozo está vinculado a todas !!! Nunca poderia dar certo !!! Terceira Via já!!!