CPI quer dados para destrinchar conexão de Wassef e Barros com a Precisa
O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (foto), propôs ao colegiado novas medidas para destrinchar a conexão de Frederick Wassef, advogado do clã Bolsonaro, do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, e de mais cinco pessoas com a Precisa Medicamentos e sócios. A investida mira, ainda, o próprio presidente da empresa, Francisco Emerson...
O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (foto), propôs ao colegiado novas medidas para destrinchar a conexão de Frederick Wassef, advogado do clã Bolsonaro, do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, e de mais cinco pessoas com a Precisa Medicamentos e sócios. A investida mira, ainda, o próprio presidente da empresa, Francisco Emerson Maximiano, pois o emedebista quer apurar os tentáculos do empresário em outros negócios -- alguns deles detalhados por Crusoé.
Em outra ponta, pelo menos 27 empresas vinculadas aos investigados devem ser alvos da ofensiva. Na lista, está a Global Saúde, que integra o quadro societário da Precisa e aplicou um golpe no governo federal durante a gestão de Ricardo Barros à frente do Ministério da Saúde -- a empresa recebeu 20 milhões de reais, mas não entregou a leva de medicamentos de alto custo voltados a pessoas com doenças raras prevista em contrato.
O senador tenta viabilizar uma nova quebra de sigilo fiscal. Agora, Renan quer que a Receita Federal entregue à CPI a relação de empresas das quais os alvos participaram por meio de administração, gerência, sociedade, cotas ou qualquer outra modalidade ao longo dos últimos cinco anos. O requerimento engloba, inclusive, eventuais sociedades anônimas.
A devassa prevê que a Receita detalhe uma série de informações. Renan pergunta, por exemplo, a quantidade de empregados; o faturamento e o total de notas fiscais emitidas, mês a mês; os dez maiores clientes e fornecedores, com nomes, CNPJ e sócios; e dados relacionados a indícios de crimes, fraudes, irregularidades ou comportamentos e movimentações atípicas.
Planejando apresentar o relatório final da comissão em 16 de setembro, o parlamentar pretende impor urgência à disponibilização das informações: caso a CPI aprove o requerimento, o Fisco terá dois dias corridos para responder. A quebra de sigilo mira, além de Wassef e Barros, nomes como Thais Amaral Moura, assessora do Planalto, e Marcelo Bento Pires, ex-assessor do Ministério da Saúde acusado pelo chefe da Divisão de Importação da pasta, Luis Ricardo, de exercer “pressão atípica” pelo andamento do processo da Covaxin.
Para justificar a nova ofensiva, Renan apontou que depoimentos e documentos recebidos pela CPI ligam os investigados por “comportamentos, transferências monetárias e ligações societárias”, além de indicarem registros de repasses de recursos ou relacionamentos comerciais com a Precisa como origem ou destino. “E é exatamente nessa esteira que, visando complementar e esclarecer as informações já levantadas anteriormente, faz-se imperiosa a aprovação do presente requerimento”. escreveu.
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Comentários (7)
MARCOS
2021-08-18 16:06:24O cara coloca vinte milhões no bolso e nada acontece. 171 não vai preso no Brasil.
CARLOS
2021-08-18 10:57:55Follow the money ! A quebra dos sigilos de Ricardo Barros, e/ou Wassef, abrirá a tampa de um verdadeiro "balaio de siri".
Alexandre
2021-08-18 10:16:15Bando de filha da puta ,blindaram os governadores só ladrão bandido no comando dessa CPI LIXO
MSF
2021-08-18 10:14:47"Se gritar pega ladrão..."
Maria
2021-08-18 10:14:42Os senadores deveriam se ater ao objeto covid e vacina. Ampliar datas de investigação , acabará em Nada. Só elementos pra defesa trabalhar.
Jose
2021-08-18 09:07:13Muito bom. Como disse um bozogenocida grileiro: esse negócio é igual a mente do Joãozinho Necrófilo, quanto mais mexer mais federá!
Waldemar
2021-08-18 09:04:36Isso mesmo! Prendam todos! Sabe o que vai acontecer? O STF solta. A prova disso é LULA, Dirceu et caterva. Quando teremos um país que faça valer o lema da bandeira? (Para aqueles que não sabem é Ordem e Progresso)