CPI acredita que depoimento de motoboy é estratégia para blindar VTCLog
Os primeiros minutos do depoimento do motoboy Ivanildo Gonçalves à CPI da Covid nesta quarta-feira, 1º, não foram bem vistos por integrantes da cúpula da comissão de inquérito. O colegiado acredita que a ida espontânea do funcionário é parte de uma estratégia de blindagem da VTCLog, empresa suspeita de pagar propinas a funcionários do governo...
Os primeiros minutos do depoimento do motoboy Ivanildo Gonçalves à CPI da Covid nesta quarta-feira, 1º, não foram bem vistos por integrantes da cúpula da comissão de inquérito. O colegiado acredita que a ida espontânea do funcionário é parte de uma estratégia de blindagem da VTCLog, empresa suspeita de pagar propinas a funcionários do governo e políticos.
Por decisão do ministro Kassio Marques, do Supremo Tribunal Federal, o motoboy poderia não comparecer à convocação feita pela comissão de inquérito. No entanto, decidiu apresentar-se voluntariamente "para esclarecer tudo". Na noite de ontem, a VTCLog entrou em contato com a CPI para oferecer, também, o depoimento de Andreia Lima, diretora da empresa.
De acordo com Renan Calheiros, relator da comissão de inquérito, a VTCLog pagou boletos em nome de Roberto Ferreira Dias, mas Ivanildo diz "não se lembrar" de ter feito isso.
Ivanildo movimentou 4,7 milhões de reais em espécie diretamente das contas da VTCLog, mas disse à CPI que não se recorda de detalhes de pagamentos de boletos e depósitos bancários que realizou. Ele disse atender a ordens "do financeiro" da empresa e de Zenaide de Sá Reis, funcionária da VTC.
De acordo com o motoboy, ele realizava saques na boca do caixa e pagava boletos com o dinheiro sacado. Ivanildo também diz ter entrado no prédio do Ministério da Saúde "para entregar faturas" e que, certa feita, também foi ao quarto andar da pasta para "levar um pendrive" já em 2021, onde fica localizado o Departamento de Logística, então chefiado por Roberto Ferreira Dias. A versão é idêntica à da VTCLog para explicar a ida do motoboy ao edifício do Ministério.
Senadores também se incomodaram com a presença do advogado Alan Ornelas, que já trabalhou para Fabrício Queiroz e para o miliciano Adriano da Nóbrega. O incômodo com as intervenções se explica pela constante orientação dada a Ivanildo sobre as respostas que devem ser dadas à CPI. Ornelas chegou a dizer que o motoboy não prestaria o compromisso de dizer a verdade, mas foi contrariado pelo próprio cliente, que prometeu dizer a verdade.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (1)
Odete6
2021-09-01 13:38:58Mas é logico que é pra blindar a vtclog!!!! Que dúvida!!!! E que sigla adequada para o nome dessa """empresa"""!!!!!