Reuters/Leah Millis

Coreia do Norte afirma que não quer mais dialogar com EUA

18.11.19 16:52

A Coreia do Norte “não está mais interessada em diálogos” com os Estados Unidos que “não levam a nada”. A declaração, divulgada pela agência estatal KCNA, foi dada nesta segunda-feira, 18, por um representante do regime de Kim Jong-Un.

O conselheiro da chancelaria norte-coreana Kim Kye Gwan afirmou, por meio do texto oficial, que “três rodadas de encontros entre Coreia do Norte e EUA e diálogos têm ocorrido desde junho do ano passado, mas não se chegou a avanço algum”.

As declarações aumentam a incerteza sobre o clima político entre os EUA e a Coreia do Norte, 17 meses após o primeiro encontro entre Kim e o presidente norte-americano, Donald Trump, em Singapura.

Trump e Kim (foto) ainda se encontraram em fevereiro, no Vietnã — em reunião que terminou sem acordo –, e em junho, na fronteira da Coreia do Sul com a Coreia do Norte.

Apesar dos encontros, a ditadura norte-coreana voltou a testar foguetes e mísseis no Mar do Japão. Em um dos testes, um projétil chegou a cair em águas japonesas.

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  1. Enquanto o doidinho tiver o apoio incondicional da china , ele não vai ceder nada , ele só quer que o resto do Mundo mude ao seu Bel prazer e ele continue matando seu povo de fome pra construir seu arsenal , é igual o Assad que com o apoio de Putin continua o genocídio contra seu povo pra se manter no poder.

  2. Há que se ressaltar que os judeus, apesar da diáspora e praticamente 2 mil anos de dispersão pelos quatro cantos do planeta, ainda assim vieram a obter um Estado nacional. As duas Coreias estão separadas somente há poucas décadas e uma do lado do outro. Na melhor das hipóteses, elas não conseguirão fugir uma da outra e terão que aprender a coexistir harmonicamente. Com maior estabilidade, certamente haveria uma maior convergência para as duas se reintegrarem.

  3. Aliás, as empresas da Coreia do Sul deveriam ser as maiores interessadas em investir na Coreia do Norte e em desenvolver o país, ajudando a manter os laços fraternos, biogeográficos, culturais, linguísticos e históricos.

  4. O desenvolvimento econômico implica em uma série de mudanças culturais, sociais, tecnológicas, comportamentais e psicológicas. Uma reintegração das Coreias exigiria tudo isto, então pq o processo não poderia ser realizado sem que se pensasse em uma integração geográfica e política? A carta da integração geopolítica deveria ficar na mesa por uma questão de se manter o vínculo identitário que ainda une as duas Coreias.

  5. O poder de um rei é tb a sua prisão, uma vez que Kim chegou ao poder, ele passou a ser refém deste, não só a sobrevivência dele, mas dos seus passou a depender inteiramente da manutenção do poder que lhe foi concedido após a morte do pai. Pensar primeiro na perspectiva econômica implica que ele não teria que abrir mão inteiramente de seu poder, mas que teria que fazer concessões para que empresas estrangeiras investissem na Coreia do Norte.

  6. Elas depois acabam por ter dificuldades de se adaptar e, dependendo dos hábitos desenvolvidos, até morrendo quando forçadas a abandoná-los (talvez nem fossem ter elevada expectativa de vida, mas a morte acaba sendo acelerada pela reintegração). A Coreia do Norte está isolada do mundo há décadas, não se pode esperar que do dia para noite ela simplesmente abandone a cultura, mentalidade, lógica e estruturas que até agora são a razão dela continuar existindo.

  7. Mesmo a China tendo um governo e um Estado comunistas, não há McDonald's na China? Pq não poderia haver McDonald's na Coreia do Norte? O regime de Kim é o mais isolado, repressivo e sanguinário do mundo? Certamente, mas é só na ficção que uma criança é criada por animais selvagens consegue depois se adaptar à sua própria espécie e natureza biológica. Na vida real, as histórias de crianças que foram criadas ou cresceram longe do convívio social não favorecem a reintegração posterior.

  8. Pq antes de se pensar em uma integração geográfica das Coreias, não se pode pensar em uma maior integração econômica? Mesmo após 30 anos da integração da Alemanha Oriental com a Ocidental, ainda há resquícios do período pré-1989, sobretudo no que tange na questão do desenvolvimento socio-econômico. Pq isto não ocorreria no caso da Coreia? Se o modelo chinês funcionou na China, pq não poderia funcionar na Coreia do Norte?

  9. Apesar de ser a segunda economia do mundo, a China tem uma economia altamente fechada e parece ver a questão geopolítica a partir de um viés intervencionista. É praticamente impossível se alterar a condição das Coreias sem qq envolvimento da China. Mesmo que nada fosse realizado no curto prazo, isto não significa que o sistema não pode ser quebrado de dentro para fora. Como a China, um país comunista se transformou em sistema comunista com economia de mercado?

  10. Os países escandinavos jamais serão superpotências militares, mas eles são os maiores beneficiários das economias de maior porte, pois podem se valer destes grandes mercados para que, com apenas uma pequena fatia do PIB destes, possam obter mais do que o suficiente para terem as maiores rendas per capita do planeta. Portanto, no nível micro as Coreias unidas poderiam até performar melhor do que a China, mas no nível macro não tem condições de se impor sobre esta.

  11. Enquanto a China for incapaz de aprender a utilizar o soft power como tática de influência, eles não terão qq incentivo para que a situação da Coreia do Norte se altere e iriam sabotar qq tentativa de acabar com a divisão das duas Coreias. Dividir para conquistar, esta é a tática deles, pois se analisassem através do ângulo do soft power, veriam que para eles seria muito melhor ter um vizinho super-desenvolvido, mas de menor porte, com quem pudessem estabelecer transações comerciais.

  12. Estando tão próxima da China, esta não pode deixar de considerar a Coreia do Norte e a própria Coreia do Sul como parte de sua zona de influência. Teoricamente a China exerceria sua influência na península coreana via Kim, enquanto os EUA exerceriam via Coreia do Sul. No entanto, a influência exercida pela China é na base da força bruta, já que o regime de Kim essencialmente consiste em controlar e dominar a população, enquanto os EUA exercem uma influência maior através do soft power.

  13. Sem um entendimento entre as duas maiores potências e economias do mundo, não parece haver uma saída de curto prazo para a Coreia do Norte. A própria China parece ver a questão da influência mais de um ponto de vista intervencionista do que de exercício do poder que ela possui e ostenta. Neste sentido, o próprio Kim parece entender muito melhor a relação entre força bruta e persuasão, tanto que baseia sua estratégia em ameaçar, mas sem concretizar o pior cenário possível.

  14. Entra aí uma questão de custo, a Coreia do Norte até pode representar uma ameaça, mas dependendo do dano que ela infligir, o custo pode ser a aniquilação completa, portanto, para Kim compensa ameaçar e, em troca das ameaças, obter alguma coisa que tenha um "custo" menor do que a concretização das ameaças. Mas dentro do contexto atual, não parece realmente haver muito que se possa fazer para se quebrar o equilíbrio geopolítico estabelecido.

  15. Se ele fosse eliminado, nada garantiria que fosse simplesmente substituído e o sistema continuasse como se nada tivesse acontecido. Além do mais, quebrar um sistema de fora para dentro é algo que normalmente implica o dispêndio de doses elevadas de energia e não há nada realmente na Coreia do Norte que justifique tal coisa, talvez nem a constituição de um arsenal nuclear, pois a lógica de um sistema é a sua razão de existir, para que comprar briga de verdade com aqueles que podem te obliterar?

  16. Só um idiota que conhece nada da história do comunismo acredita que eles querem diálogo. Os EUA só vão resolver aquilo na porrada, que é a língua que eles respeitam.

  17. Se ele não respeitar as regras do jogo, será devorado por este e pelos que o cercam. Uma vez que a base do poder na Coréia do Norte foi constituída em torno da mistificação e do isolamento, quebrar estes teoricamente significaria corroer a base do poder que sustenta Kim Jong-Un. Um sistema pode ser quebrado de fora para dentro ou de dentro para fora, Kim Jong-Un, mesmo sendo a peça principal, é só um componente do sistema norte-coreano.

  18. Só a violência e a brutalidade não são suficientes, pois elas acabam por canibalizar o poder, de que vale um reino sem súditos? Portanto, o divino, o mágico ou o mitológico se fazem necessários para que a auto-flagelação e a auto-destruição não acabem por reduzir o poder a pó. A base do poder de Kim Jong-Un é tb a sua prisão, pois para manter o seu poder ele precisa manter a base que o sustenta. Portanto, nenhum rei é realmente 100% livre para fazer o que bem entender.

  19. Que vantagem há em ser rei se não for para ter os seus desejos e vontades plenamente atendidas? Mesmo que ele traga muitas vantagens, o poder não vem sem custo, pois não se pode reinar sobre uma população sem que esta aceite por vontade própria ou que seja forçada a isto. A base do poder de Kim Jong-Un está no controle que ele é capaz de exercer e impor. O absolutismo se baseava na teoria do direito divino pq nem só da repressão vive o poder, é necessária a acessão popular.

  20. Crusoé, e as manifestações de Ontem, domingo dia 17 , nada . Vamos colocar esta pergunta em todas as notícias. Copiar e Colar todos.

    1. E as manifestações? São inócuas? Brasileiros são tratados como palhaços!!!

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