Congresso pode mudar lei para viabilizar acordo com Pfizer e Janssen, diz Pacheco
Após reuniões com representantes da Pfizer e da Janssen, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (foto), afirmou nesta segunda-feira, 22, que o parlamento estuda alterar a legislação brasileira para permitir que a União assuma a responsabilidade por eventuais efeitos adversos de vacinas contra a Covid-19 avalizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa. O senador...
Após reuniões com representantes da Pfizer e da Janssen, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (foto), afirmou nesta segunda-feira, 22, que o parlamento estuda alterar a legislação brasileira para permitir que a União assuma a responsabilidade por eventuais efeitos adversos de vacinas contra a Covid-19 avalizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa.
O senador discutirá a possibilidade com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ainda nesta tarde. A alteração na lei atenderia uma das principais condicionantes apresentadas pelas duas empresas, que buscam se resguardar de processos judiciais. Pacheco afirmou que tanto Pfizer quanto Janssen informaram que as cláusulas são uniformes e aplicadas a todos os demais países.
"Uma alternativa e uma possibilidade é o ajuste normativo, algo pretendido por todos", disse. "[A mudança pode ocorrer] no âmbito de uma medida provisória já existente, que é a 1026, ou em um projeto de lei original que possa permitir à União que faça a assunção dos riscos inerentes à vacina, inclusive podendo constituir garantias e contratar seguros para essa finalidade", completou.
Pacheco afirmou "ter muita crença" que a nova negociação pode solucionar o impasse entre o governo e as empresas. "Se houver uma cláusula no contrato uniforme e aplicável a todos os países e contratantes, não se pode impor que haja algum tipo de modificação específica no caso do Brasil", comentou. "É algo que vou submeter ao ministro. A decisão, obviamente, é do governo federal e do Ministério da Saúde".
O presidente do Senado afirmou que, em outra ponta, pode-se permitir que os estados adquiram as vacinas, "respeitando o Plano Nacional de Imunização, para que não haja privilégio de um ou de outro, em detrimento de outros estados da Federação". "Alternativas temos várias. O que temos que entender é o que o laboratório e o governo aceitam. No que um pode ceder e o outro também, para chegarmos a um denominador comum. O que precisamos é da vacina."
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Comentários (4)
Claudio
2021-02-22 23:18:03To começando a gostar desse cara pálida !! Vamo tio ! Acelera aí que o que tem de roda presa nao é brincadeira
Sillvia2
2021-02-22 22:29:20Ainda bem que surge em cena o senador Rodrigo Pacheco, sensível, inteligente, capacitado: uma luz de esperança no fim do túnel escuro da imunização, até então entregue aos despreparados Bolsonaro e Pazuelo, com suas equipes de gente sem noção...
Hildebrando
2021-02-22 17:28:02Toda urgência ainda será pouca, Sr. presidente do Senado. Todo dia fico sabendo da morte de amigos e pessoas conhecidas por Covid. Enquanto isso o governo briga com os fatos e atrasa a compra de vacinas que deviam ter sido compradas muito antes no ano de 2020. Ninguém suporta mais, Srs. senadores. Façam algo digno, o Brasil agradece.
Simar Vieira de Amorim
2021-02-22 15:58:41Essas cláusulas estão sendo apresentadas desde meados do ano passado e ninguém tomou uma atitude. Só agora o congresso teve essa idéia brilhante? E como ficam as mesmas questões no caso da Coronavac?