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Com o país em chamas, primeira-ministra de Bangladesh vem ao Brasil

Lula deve receber, durante a semana, uma visita incomum no Palácio do Planalto: da primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Amina (foto), que comanda o país há 15 anos. Apesar visitas entre chefes de Estado serem planejadas com antecedência, o timing não podia ser pior para a política bengali, já que ela enfrenta as piores manifestações em...

Crusoé
2 minutos de leitura 20.07.2024 14:19 comentários 2
Sheikh_Hasina_Gopalganj_in_2023

Lula deve receber, durante a semana, uma visita incomum no Palácio do Planalto: da primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Amina (foto), que comanda o país há 15 anos. Apesar visitas entre chefes de Estado serem planejadas com antecedência, o timing não podia ser pior para a política bengali, já que ela enfrenta as piores manifestações em todo o seu longo mandato.

Até esta sexta-feira, 19, ao menos 64 pessoas haviam morrido em manifestações. Canais de TV saíram do ar e outras alternativas de telecomunicações foram afetadas por uma manifestação organizada por estudantes do país, que tem 170 milhões de habitantes (85% da população brasileira), em uma área pouco menor que o estado do Ceará.

Na capital, Daca, um toque de recolher da polícia impedindo manifestações para "garantir a ordem pública" não foi respeitado. No interior, manifestantes estudantis invadiram uma cadeia e libertaram seus presos, antes de queimar a instalação. 

O estopim da manifestação é uma proposta do governo bengali para garantir cotas de 30% das vagas no serviço público a jovens que descendam de envolvidos na guerra de independência de Bangladesh, que se separou do Paquistão em 1971.

A medida foi vista como uma tentativa de Sheikh de beneficiar sua base eleitoral, mas acabou degringolando para um teste de autoridade contra seu próprio legado. No cargo desde 2009, Amina foi eleita para um novo mandato em janeiro, sob acusações de silenciar a oposição.

Por isso, houve um boicote da oposição — que acabou mostrando o um primeiro sinal e descontentamento do país com o governo de Hasina. Após uma participação de 80% no pleito passado, em 2018, os primeiros números indicavam que apenas 40% dos bengalis foram às urnas. Os primeiros números eram ainda mais desanimadores e indicavam apenas 27% de participação.

A visita de Sheikh Hasina tem a ver com a presidência do Brasil no G20: ela deve assinar, com Lula, o lançamento de uma aliança internacional contra a fome — que deve ser um dos pontos de destaque da reunião do G20 em novembro, no Rio de Janeiro.

Leia mais em Crusoé: Que tal umas férias na “Cancún da Coreia do Norte?”


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Comentários (2)

Marcia Elizabeth Brunetti

2024-07-22 08:55:59

Essa primeira ministra parece ter bastante afinada com Lula. Acho que vem para o Brasil pegar algumas “dicas” para se reeleger sem ter competência.


DUILIO RIBEIRO BARBOSA

2024-07-21 17:02:37

ATENÇÃO! O nome - correto - da Primeira Ministra de Bangladesh é Sheikh HASINA Wazed. "Amina", nome feminino relativamente comum entre muçulmanos, é incorreto.


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