Com fim da MP do Carf, governo volta à estaca zero sobre regras de julgamentos
O Ministério da Fazenda refez as regras dos seus julgamentos após a Medida Provisória (MP) do Carf, editada no início do governo e que alterava o funcionamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, caducar sem ser aprovada pelo Congresso. Uma nova portaria, editada nesta sexta-feira (2) pelo ministro Fernando Haddad, diminui o tamanho dos processos...
O Ministério da Fazenda refez as regras dos seus julgamentos após a Medida Provisória (MP) do Carf, editada no início do governo e que alterava o funcionamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, caducar sem ser aprovada pelo Congresso.
Uma nova portaria, editada nesta sexta-feira (2) pelo ministro Fernando Haddad, diminui o tamanho dos processos que podem chegar ao Carf, em Brasília: até ontem, apenas processos com causas superiores a 1,3 milhão de reais poderiam ser alvo de um recurso final; agora, recursos acima de 79,2 mil reais podem ser remetidos a Brasília, como na regra anterior à MP. Recursos abaixo desse valor podem ser julgados de maneira monocrática pela Receita Federal.
A MP foi editada com o intuito de melhorar a arrecadação do governo federal, agilizar a cobrança de dívidas tributárias já julgadas. O governo também pretendia dificultar a vida das empresas no colegiado.
A medida reviu uma decisão tomada nos anos Bolsonaro e permitiu que, em caso de empate, o voto de desempate pode ser dado por um representante da Fazenda Nacional.
A decisão irritou empresas com casos bilionários no Carf, o que gerou a suspensão dos julgamentos no início do ano. Um acordo chegou a ser traçado: o voto de qualidade foi mantido como quis o governo, mas multas e juros serão zerados caso as empresas não recorram da decisão do conselho administrativo.
Como a MP caducou, os acordos devem voltar após a elaboração de um Projeto de Lei (PL), que deve tramitar com urgência constitucional.
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Comentários (1)
luiz antonio-rj
2023-06-04 09:30:16Para o governo não existe cidadão. Ele não cansa de roubar e achacar o contribuinte Não tem limites