Celso de Mello prorroga inquérito sobre interferência de Bolsonaro na PF
O ministro Celso de Mello (foto), do Supremo Tribunal Federal, prorrogou por 30 dias o inquérito que apura a suposta interferência política do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. A decisão publicada nesta segunda-feira, 5, atende pedido da delegada Christiane Correa Machado, responsável pela condução das investigações. Entre as medidas pendentes para a conclusão do...
O ministro Celso de Mello (foto), do Supremo Tribunal Federal, prorrogou por 30 dias o inquérito que apura a suposta interferência política do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. A decisão publicada nesta segunda-feira, 5, atende pedido da delegada Christiane Correa Machado, responsável pela condução das investigações.
Entre as medidas pendentes para a conclusão do inquérito, está, por exemplo, o interrogatório de Bolsonaro. Mais cedo, o decano da corte pediu a inclusão na pauta de julgamentos do STF do recurso em que a Advocacia-Geral da União pede que seja assegurado ao presidente o direito de depor por escrito.
A expectativa é de que o presidente da Suprema Corte, ministro Luiz Fux, agende a deliberação para esta semana, pois Celso de Mello se aposenta em 13 de outubro. A última sessão da qual o decano participará será quinta-feira, 8.
A abertura do inquérito foi autorizada em 27 de abril, após, ao anunciar a saída do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro afirmar que Bolsonaro queria colocar na diretoria-geral da PF uma pessoa de sua confiança, para ter acesso a informações e relatórios confidenciais de inteligência. Além disso, o ex-juiz relatou ter sofrido pressão para trocar o comando das superintendências da corporação no Rio de Janeiro e em Pernambuco.
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Comentários (8)
Maria
2020-10-06 11:02:17#MORO2022!!!
Maria
2020-10-05 18:35:32Pra que se complicar agora?
TONI FERREIRA
2020-10-05 17:17:11DATA MAXIMA VENIA, o nobre decano cometeu dois pecados nesses últimos dias como Ministro do STF. O primeiro deles foi intimar “a deporem sob pena de serem conduzidos sob vara” altas autoridades do Governo. Não por serem generais, mas porque não há norma autorizando esses excessos. A não ser que partes ou testemunhas resistam às intimações da Justiça. O segundo é insistir que o depoimento do Presidente seja presencial, havendo norma a aplicar por analogia que diz o contrário( art. 221, CPP).
Atílio
2020-10-05 17:14:45Para quem quer ser sabichão como o Presidente Jair Bolsonaro, qual o problema de depor por escrito ou pessoalmente, sem ajuda de comparsas?
SUZETE
2020-10-05 16:19:00Ainda tem gente acreditando que o presidente estava certo e que Sergio Moro acusou. Quem abriu o inquérito foi o PGR para atacar o Moro. Todos os corruptos tem medo de Sergio Moro e da Lava Jato. Em todas as instâncias e Instituições. Mas Deus é justo. Moro sairá por cima e ainda processará muitos que disseram que ele foi traidor e judas. Vejam o judas aqui em um artigo da revista. Deliciem-se.
Claudio
2020-10-05 16:07:45O ainda decano do STF está apto a se aposentar, por invalidez, por ser portador de esquizofrenia.
Roberto
2020-10-05 14:50:35Alguém acredita que as medidas do decano, prestes a se aposentar, terão algum efeito prático? Na verdade o decano já está aposentado. Limpe a cadeira para o substituto.
Marcos
2020-10-05 14:49:15É indispensável, que todas essas acusações do Dr. Moro sejam investigadas a fundo e esclarecidas, porque o presidente tem que parecer e ser honesto. Se isso estivesse claro, o presidente seria o primeiro a concordar. Como não está, a AGU pede tratamento distinto para ele.