Caso Covaxin: Rosa Weber autoriza abertura de inquérito para investigar Bolsonaro
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, autorizou na noite desta sexta-feira, 2, a abertura de inquérito para investigar se o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime de prevaricação por supostamente saber de um esquema de superfaturamento na compra da vacina Covaxin pelo governo e não ter comunicado aos órgãos competentes. “Defiro o pedido da...
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, autorizou na noite desta sexta-feira, 2, a abertura de inquérito para investigar se o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime de prevaricação por supostamente saber de um esquema de superfaturamento na compra da vacina Covaxin pelo governo e não ter comunicado aos órgãos competentes.
“Defiro o pedido da Procuradoria-Geral da República para autorizar a instauração de inquérito destinado à investigação penal dos fatos noticiados na peça inicial, relacionados ao Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro; bem como a realização das diligências indicadas na promoção ministerial”, escreveu.
O pedido da PGR foi feito nesta sexta-feira após a ministra do STF cobrar uma posição da procuradoria sobre a notícia-crime apresentada por três senadores ao tribunal pedindo a investigação das denúncias.
A acusação partiu do deputado federal Luis Miranda e do irmão do parlamentar, Luis Ricardo Miranda, que é servidor do Ministério da Saúde. O fato foi noticiado em primeira mão por O Antagonista. Na terça-feira, 29, Crusoé revelou que, depois de se reunir pessoalmente com Bolsonaro para informá-lo sobre as suspeitas de corrupção na compra da vacina, Luis Miranda ouviu de um conhecido lobista de Brasília ligado ao líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, uma proposta indecente: se aceitasse “ajudar” a destravar o processo da Covaxin, levaria 6 centavos de dólar por cada dose da vacina que fosse comprada pelo governo – o contrato da Precisa Medicamentos, intermediária da negociação com o ministério, somava 1,6 bilhão de reais. Como seriam 20 milhões de doses, a propina equivaleria a algo próximo de 6 milhões de reais. Barros esteve presente ao encontro numa casa no Lago Sul em Brasília onde a oferta foi feita.
De acordo com a ministra, a solicitação de abertura de inquérito feita pela PGR se apoia em elementos coletados pela CPI da Covid, "a exemplo dos testemunhos prestados pelo Deputado Federal Luis Claudio Fernandes Miranda e por seu irmão, Luis Ricardo Miranda, cujo teor indiciário embasa a hipótese criminal a ser investigada, porquanto indicativo de possível conduta que, ao menos em tese se enquadra no crime de prevaricação, sem prejuízo de outros ilícitos que possam vir a ser desvendados no curso das apurações".
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Comentários (6)
Sônia Adonis Fioravanti
2021-07-05 11:46:29Será que o office boy de BOZO vai se mexer ? E LIRA O ficha suja do PP?
ALOÍSIO DE ARAÚJO PRINCE
2021-07-03 18:05:07Não vai dar em nada, assim como não deu até agora a investigação da denúncia de Sérgio Moro de que Bolsonaro queria interferir na Polícia Federal. STF, STJ e PGR fazem parte do esquemão montado por deputados e senadores para proteger políticos corruptos e bandidos do colarinho branco. Graças a essa gente o Judiciário brasileiro está desmoralizado.
GILDETE
2021-07-03 09:13:41Se houver intensa vigilância da imprensa e dos cidadãos essa investigação tem chances de não ser mais uma encenação da PGR
Jose
2021-07-03 07:31:03Se quem vai investigar já não demonstra isenção por estar sob as asas do suspeito, imagina o que fará a PGR sob o comando de um procurador ansioso pela sua indicação ao STF pelo próprio investigado. Nada! Tudo jogo de cena para tentar enganar o povo!!
Márcia
2021-07-03 07:04:45Qual polícia federal vai investigar? A do Bolsonaro ou a da nação brasileira?
Jether
2021-07-02 23:13:02A PGR vai investigar com a velocidade de uma lesma acometida por Covid.