Câmara aprova versão desidratada da PEC Emergencial em segundo turno
Após três dias de debate, a Câmara aprovou em segundo turno, na tarde desta quinta-feira, 11, a PEC Emergencial, que abre caminho para a nova rodada do auxílio emergencial e, em contrapartida, estabelece gatilhos para o controle de despesas públicas. O placar registrou 366 votos favoráveis à matéria e 127 contra, além de três abstenções. Diante...
Após três dias de debate, a Câmara aprovou em segundo turno, na tarde desta quinta-feira, 11, a PEC Emergencial, que abre caminho para a nova rodada do auxílio emergencial e, em contrapartida, estabelece gatilhos para o controle de despesas públicas. O placar registrou 366 votos favoráveis à matéria e 127 contra, além de três abstenções.
Diante da resistência da oposição e do funcionalismo a regras de ajuste fiscal, os deputados avalizaram uma versão desidratada da proposta. Os parlamentares analisam, agora, 11 destaques, que visam alterar pontos específicos da matéria. A estimativa é que a sessão dure 10 horas.
O projeto descreve medidas que devem ser acionadas quando 95% das receitas forem comprometidas com despesas obrigatórias. No caso de estados e municípios, a adoção das restrições é optativa. Para a União, por outro lado, as ações são obrigatórias. Os gatilhos impedem, por exemplo, novas contratações e a concessão de reajustes.
Há acordo com o governo para que o plenário retire da lista a vedação à promoção e progressão de carreira dos servidores em momentos de calamidade pública. Parlamentares alinhados ao Planalto costuraram o acerto para evitar a retirada da trava de reajuste aos servidores quando as contas estiverem combalidas, como sugeria o PT. O caso será tratado em um dos destaques.
Durante a discussão, a Câmara retirou da PEC Emergencial um trecho que colocava em risco a manutenção do fundo que custeia as atividades da Receita Federal. A medida, encampada pelo PDT, decorreu da pressão de servidores, que realizaram uma paralisação em protesto. Além disso, pelo menos 220 auditores-fiscais da Receita chegaram a ameaçar a entrega das respectivas funções de chefia caso o artigo fosse mantido.
Auxílio emergencial
A proposta de Emenda à Constituição fixa um limite de 44 bilhões de reais para as despesas com a nova rodada do auxílio emergencial. Para que o dinheiro chegue às contas bancárias dos brasileiros, o governo ainda precisa editar uma medida provisória com o detalhamento do pagamento.
Em princípio, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o benefício seria repassado entre março e junho, com parcelas de 250 reais. O ministro da Economia, Paulo Guedes, esclareceu, no entanto, que esse é o valor médio, uma vez que os beneficiários receberão de 175 reais a 375 reais por mês.
"[250 reais] é o valor médio. Se for uma família monoparental dirigida por mulher é 375 reais. Se for um homem sozinho, é 175 reais. Se for o casal, são 250 reais. Isso é com o Ministério da Cidadania, só fornecemos parâmetros básicos, mas a amplitude é com a Cidadania”, explicou.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (2)
VINNICIUS
2021-03-14 07:00:26ué, só isso? tá faltando muito detalhe dessa pec. e os quase 1,3 trilhões em caixa que o governo tem? qual a necessidade de um pec se estamos em estado de calamidade pública? só um decleto basta. pra uma emenda a constituição que vai fuder o Brasil inteiro, tá lindo a mídia não comentar profundamente sobre isso.
Edmo
2021-03-11 20:45:18Mas parece que não foi essa a percepção do mercado idiotas!