Bolsonaro diz ainda não haver 'indício forte' de assassinato de índio no Amapá

O presidente Jair Bolsonaro (foto) afirmou na manhã desta segunda-feira, 29, que ainda não há "nenhum indício forte" de que um indígena tenha sido  assassinado no Amapá, em uma área invadida por garimpeiros. A morte foi denunciada no fim de semana pela etnia waiãpi, que acusa garimpeiros invasores pelo crime.

"As informações até o momento, vou atualizar de manhã, não tem ainda nenhum indício forte de que esse índio foi assassinado lá agora", declarou Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada. "Chegaram várias possibilidades. A PF está lá, quem nós pudermos mandar para lá já mandamos para buscar desvendar o caso e buscar a verdade sobre isso aí", afirmou o presidente. Bolsonaro acrescentou que tem a intenção de regularizar o garimpo em áreas indígenas.

De acordo com a denúncia enviada à Polícia Federal, o cacique Emyra Waiãpi foi morto na quarta-feira, 24, em um ataque à sua aldeia. Mas o Conselho das Aldeias Waiãpi informou que não houve testemunhas do homicídio, e que o corpo de Emyra foi encontrado no dia seguinte.

O procurador-chefe da Procuradoria da República no Amapá, Rodolfo Soares Ribeiro Lopes, confirmou o homicídio no domingo, 28, mas ressalvou que é prematuro afirmar que os assassinos do cacique seriam garimpeiros. "É possível que o crime tenha sido praticado por garimpeiros, por caçadores ou até mesmo por outros indígenas”, avisou.