Biden quebra tradição do Super Bowl pelo segundo ano seguido
Joe Biden (foto), o presidente americano, decidiu dispensar uma antiga tradição do cargo no domingo mais importante do ano nos EUA: ele não deve conceder uma entrevista ao canal de TV que transmite o Super Bowl, a final do futebol americano, antes do início do jogo. É a segunda vez seguida que o democrata abre mão...
Joe Biden (foto), o presidente americano, decidiu dispensar uma antiga tradição do cargo no domingo mais importante do ano nos EUA: ele não deve conceder uma entrevista ao canal de TV que transmite o Super Bowl, a final do futebol americano, antes do início do jogo.
É a segunda vez seguida que o democrata abre mão da entrevista, considerada um passe livre para o ocupante da Casa Branca falar sobre temas de seu interesse a um público quase universal no país.
A decisão de não dar a entrevista é vista como insensata entre analistas, por diversos motivos. Primeiro, porque ele não dá nenhuma entrevista exclusiva desde outubro, e não responde a imprensa desde novembro, quando respondeu quatro perguntas em uma coletiva de imprensa sobre Israel. Desde então, apesar de manter agendas públicas, Biden mantém um afastamento incomum da imprensa.
Segundo porque este é ano de eleição, e é esperado que o candidato democrata — que na maior parte das pesquisas está atrás do candidato republicano Donald Trump — não deveria abrir mão de qualquer oportunidade de conversar com públicos indecisos ou que não são democratas convictos.
A guerra em Israel colocou o presidente em uma situação complicada com os jovens do país, que têm uma visão mais pró-Palestina do que os mais velhos. Manter o histórico apoio de Washington a Telaviv pode afetar o grupo mais engajado entre os democratas, e colocar Biden em uma encruzilhada.
E, por fim, Biden não poderá se defender das críticas mais recentes que vêm recebendo — as de que está velho demais e provavelmente inapto ao cargo, aos 81 anos. Nesta semana, a procuradoria de justiça do país o inocentou de um caso sobre documentos de Estado levados por ele após ser vice-presidente de Barack Obama, em 2012 — mas não o deixou de chamar de "velho", ao dizer que a memória de Biden é “obscura”, “confusa”, “defeituosa”, “ruim” e com “limitações significativas”
As entrevistas presidenciais remontam a 2004, quando George W. Bush foi entrevistado pelos jornalistas da CBS antes da final daquele ano. Barack Obama, Donald Trump e até o próprio Joe Biden concederam entrevistas a diversos canais de TV nessa faixa de horário.
Leia na Crusoé: Biden e a sociedade dos presidentes mortos
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Comentários (1)
Sergio
2024-02-11 14:35:51O futuro do planeta entre as mãos de um louco e de um senil. Deus nos ajude.