BC eleva taxa Selic para 9,25% ao ano, maior patamar em mais de quatro anos
O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu nesta quarta-feira, 8, elevar a taxa básica de juros de 7,75% para 9,25% ao ano, no sétimo aumento consecutivo. Com o ajuste, a Selic chegou ao maior patamar em pouco mais de quatro anos. Ao explicar a decisão, o colegiado afirmou que, no cenário externo, o ambiente se tornou...
O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu nesta quarta-feira, 8, elevar a taxa básica de juros de 7,75% para 9,25% ao ano, no sétimo aumento consecutivo. Com o ajuste, a Selic chegou ao maior patamar em pouco mais de quatro anos.
Ao explicar a decisão, o colegiado afirmou que, no cenário externo, o ambiente se tornou menos favorável. "A possibilidade de nova onda da Covid-19 durante o inverno e a identificação da variante Ômicron adicionam incerteza quanto ao ritmo de recuperação nas economias centrais", pontuou.
O Copom frisou que, diante do cenário, a renovação de políticas fiscais de resposta à pandemia podem piorar a trajetória fiscal do Brasil e ampliar risco da economia. O colegiado acrescentou que indicadores da recuperação mostram uma evolução "moderadamente abaixo da esperada".
"A inflação ao consumidor continua elevada. A alta dos preços foi acima da esperada, tanto nos componentes mais voláteis como também nos itens associados à inflação subjacente".
Além disso, o Copom adiantou que, na próxima reunião, prevista para o mês que vem, pretende realizar um ajuste "da mesma magnitude". "Os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas, e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária", completou.
A taxa Selic é um instrumento de controle usado pelo BC. Funciona da seguinte forma: se a inflação está alta ou há indicação de que ficará acima da meta, o Copom eleva a Selic. Assim, sobem os juros cobrados pelos bancos, com o encarecimento do crédito e o freio no consumo. Há redução do dinheiro em circulação e, logo, a inflação tende a cair. Contudo, quando as estimativas para a inflação estão alinhadas à meta, é possível reduzir os juros, estimulando a produção e o consumo.
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Comentários (7)
Maria
2021-12-09 11:09:40MORO PRESIDENTE 2022! 🇧🇷🇧🇷🇧🇷
Ferreira
2021-12-09 09:34:33A “vantagem” (e percebam a ironia) do retorno do modelo-agiota levado a cabo pelo pupilo do Bacamarte, durante o curto e nefasto período de sua “Era Levyana” ao catapultar os juros até os píncaros da glória banqueirística, é o acelerômetro que tal movimento provoca na vontade política de aquiescer ao impeachment pelo “conjunto da obra”, e, aí, o resto é história, tal como aconteceu com a moça-poste.
Maria
2021-12-09 09:34:31Eitaaaa postinho Ipiranga!
Eduardo
2021-12-09 08:18:23Quem já viveu surto de inflação descontrolada, diga-se governo Sarney- 89% ao mês, sabe que o combate à inflação tem que ser implacável. Não há imposto mais perverso que esse: os que tem $$ ganham, ou pelo menos sobrevivem. Já os menos afortunados empobrecem ao ritmo das horas. Ninguém quer viver situação semelhante.
Amaury Feitosa
2021-12-09 07:24:53se a inflação aumenta não tem outro jeito mas já está claro que a inflação está em queda lenta mas está . no final o que poucos sabem é que no caso a dívida real cai mas não é bom.
Rogério
2021-12-09 05:31:28É o tal crescimento em V prometido pelo Paulo Guedes?
Odete6
2021-12-08 19:19:11Sasinhóra..... volta dos tempos fantasmagóricos, por culpa da ameba desgovernante e sua corriola de servís!!!!