As condições dos EUA ao novo governo sírio
Secretário de Estado, Antony Blinken, defende que o grupo HTS promova eleições transparentes
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que a Casa Branca reconhecerá o novo governo da Síria apenas se houver eleições após o término da transição.
Blinken colocou como condição inegociável a transparência no processo eleitoral em conformidade com os padrões internacionais.
"O povo sírio decidirá o futuro da Síria. Todas as nações devem comprometer-se a apoiar um processo inclusivo e transparente e abster-se de qualquer interferência externa", afirmou o secretário de Estado.
Segundo Blinken, os americanos estão "dispostos a prestar todo o apoio necessário às diversas comunidades e setores populares da Síria."
Na declaração, o secretário afirmou que a Síria tem uma oportunidade "histórica" para não "substituir um tirano por outro".
No domingo, 8, quando o regime de Assad caiu, os Estados Unidos celebraram como uma derrota significativa para a Rússia e Irã.
A transição de poder
O primeiro-ministro nomeado pelo grupo terrorista HTS, Mohammed al-Bashir, anunciou que o governo de transição na Síria durará até 1º de março de 2025.
"Essa ordem foi do Comando Geral. Fomos incumbidos de dirigir o governo sírio até 1º de março de 2025", afirmou Bashir em comunicado televisionado pelo canal saudita Al Arabiya.
Segundo a TV estatal síria, houve uma reunião do Conselho de Ministros para definir os poderes do próximo governo. Além de Bashir, esteve presente o antigo primeiro-ministro sírio, Mohamed Ghazi Al Jalali, para troca de informações sobre as pastas.
O encontro marca o fim, pelo menos momentâneo, de anos de conflitos entre membros do regime e grupos terroristas.
Haverá eleição?
O Tahrir Al-Sham (HTS), grupo terrorista que derrubou Assad, ainda não se manifestou sobre a possibilidade de fazer eleições no país.
Na província de Idlib, os rebeldes foram criticados pela população e opositores por violações de direitos humanos nas prisões.
Em fevereiro de 2023, manifestantes reivindicavam maior participação política de outros grupos radicais e novas reformas econômicas.
Como resposta, a organização terrorista atacou os manifestantes com gás lacrimogênio e cassetetes.
Para agradar a população, Bashir teve o papel de conceder anistia a presos, que, segundo o HTS, demonstraram boas condutas.
A Comissão de Inquérito da ONU sobre a Síria denunciou o HTS por uma série de perseguições a opositores e partidos políticos, incluindo tortura a crianças e mulheres.
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