PR

Arquivos da missão de Marcos Pontes ao espaço estão em sigilo sem ‘limite temporal’

06.12.20 12:04

Estão em sigilo por tempo indeterminado os arquivos da Agência Espacial Brasileira, a AEB, referentes à Missão Centenário. A missão, realizada em 2006, foi a que levou o atual ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, ao espaço. A informação é da própria AEB, que se recusou a fornecer os arquivos a Crusoé por meio da Lei de Acesso à Informação, sob a justificativa de que a revelação dos dados poderia causar prejuízo à relação do Brasil com a Rússia. Pontes foi levado para a Estação Espacial Internacional por meio de um acordo entre a AEB e a agência espacial russa, Roscosmos. 

“As informações amparadas por leis específicas apresentam restrição de acesso, mesmo não requerendo o procedimento formal de classificação da informação”, diz a Agência Espacial em ofício. “Nesses casos não há o termo de classificação da informação e nem mesmo há limite temporal de validade do sigilo”, acrescenta. O governo sustenta que o acordo entre Brasil e Rússia prevê o sigilo das informações.

“Deve-se esclarecer que a Missão Centenário foi realizada no ano de 2006, portanto, antes da publicação da Lei de Acesso à Informação, não tendo sido reanalisada com a publicação dessa lei, em novembro de 2011. Nada obstante, com a presente solicitação de acesso à informação, foi verificado potencial prejuízo à relação bilateral entre Brasil e Rússia que poderia ser causado com a divulgação das informações contidas nos documentos, seja à soberania dos países, seja pela relação guardar informações de cunho comercial”, argumenta a AEB. 

A agência, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, admite que a proteção das informações sem “limite temporal” está vinculada ao serviço comercializado pela Roscosmos. “A Agência Espacial da Federação Russa comercializa o serviço análogo ao que fora prestado para levar um astronauta brasileiro ao espaço. Logo, a divulgação das informações comerciais pode ferir a relação comercial entre os dois países e implicar em responsabilização no âmbito internacional deste país”, diz o despacho enviado à reportagem.

A missão custou 10 milhões de dólares aos cofres públicos. A ida de Marcos Pontes ao espaço a bordo da nave russa Soyuz foi o jeito encontrado por Brasília para colocar em órbita o primeiro astronauta brasileiro, depois de o então governo Lula ter deixado de entregar diversos investimentos na Estação Espacial Internacional, a ISS. O calote levou o Brasil a ser excluído do projeto da ISS. 

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
    1. Pois é, vamos verificar qual a sua formação e qual a formação do nosso ministro para ver quem faria menos falta no nosso planeta Terra! Com certeza você ficaria lá pelo espaço!!

    1. Só têm bozomerda sorte aqui. Não vivem sem O Antagonista.

    2. Interessante. Pensei que saber como é gasto o dinheiro público fosse de interesse de todo cidadão. Parece que para os bozolulistas, este tema é apenas fofoquinha. Predizível!

  1. Kkkkkk. Alguma dúvida de que o Bozismo é continuação do lulismo? O astronauta de araque do Lula tornou-se ministro de araque do Bozo. Ele tentou ficar rico fazendo palestras sobre sua vida de astronauta, mas as palestras eram tão chatas que ninguém comprou. Depois montou uma empresa de turismo espacial com uma “amiga”. Não funcionou. Sem ter para onde correr, implorou uma vaguinha de ministro para o Bozo. Como o Bozo não acredita em ciência, deu a esmola para ele.

    1. REALMENTE SOMOS O PAIS ONDE POLÍTICOS DESACREDITAM DA CIÊNCIA. O NEGÓCIO E MANTER O POVO IGNORANTE. ASSIM FICA MAIS FACIL OS POLÍTICOS TOUBAREM

Mais notícias
Assine agora
TOPO