Argentina de Milei passa bastão dos maiores juros ao Brasil
O Brasil assumiu a ponta do ranking com um juro real --calculado pela taxa de juros nominal do país descontada a inflação-- de 9,18%
O Banco Central da Argentina decidiu na quinta-feira, 30, reduzir em mais três pontos sua taxa básica de juros, que passou de 32% para 29% ao ano, o equivalente a 2,42% ao mês.
Ao mesmo tempo, a instituição baixou a taxa que cobra dos bancos pelos empréstimos de liquidez de curto prazo de 36% para 33%.
Com a redução, já esperada pelo mercado, o indicador acumula queda de 104 pontos percentuais desde o início do governo de Javier Milei.
No final da gestão de Alberto Fernández, a taxa de política monetária da Argentina anual era de 133%.
"A decisão do Conselho se baseia na consideração da consolidação observada nas expectativas de menor inflação", informou o BC argentino ao justificar a decisão.
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Brasil lidera ranking do juro real
Com o corte promovido pela Argentina de Milei, o Brasil passou a ter o maior juro real do mundo.
A taxa de juros real é calculada pela taxa de juros nominal do país descontada a inflação prevista para os próximos 12 meses.
A Argentina encerrou 2024 com uma inflação anual de 117,8% e um juro real de 6,14%.
O Brasil, por sua vez, assumiu a ponta do ranking com um juro real de 9,18%.
A Rússia aparece em segundo lugar na lista, com uma taxa de 8,91%.
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A taxa básica de juros do Brasil
Sob o comando de Gabriel Galípolo, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu elevar a taxa básica de juros brasileira de 12,25% a 13,25% ao ano.
“O Copom então decidiu elevar a taxa básica de juros em 1,00 ponto percentual, para 13,25% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego“, diz o BC em nota.
No documento, o colegiado alerta para um “ajuste da mesma magnitude” no próximo encontro.
“Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião”.
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Comentários (1)
Amaury G Feitosa
2025-01-31 13:59:50Chupa Lula idiota ... mas o que importa à ditadura assassina (morrem inocentes na Papuda) que idiotas que os idolatram sejam estuprados? Mais fumo no rabo dos manés !!!