Aras: Bolsonaro pode abrir mão de depor em inquérito sobre interferência na PF
Em manifestação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira, 3, o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (foto) tem o direito de abrir mão de depor no inquérito que o investiga por suposta interferência na Polícia Federal. Bolsonaro informou à corte que "declinava" da chance de falar aos investigadores em...
Em manifestação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira, 3, o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (foto) tem o direito de abrir mão de depor no inquérito que o investiga por suposta interferência na Polícia Federal.
Bolsonaro informou à corte que "declinava" da chance de falar aos investigadores em novembro. Na ocasião, a Advocacia-Geral da União, que o representa, afirmou que o presidente tem a prerrogativa de permanecer em silêncio, como destacou o ministro aposentado Celso de Mello na decisão em que determinou que o interrogatório fosse realizado de forma presencial.
"O peticionante [Jair Bolsonaro] vem, respeitosamente, à presença de V. Exa. [Alexandre de Moraes], declinar do meio de defesa que lhe foi oportunizado unicamente por meio presencial no referido despacho [decisão que determinou o depoimento], aliás, como admitido pelo próprio despacho, e roga pronto encaminhamento dos autos à Polícia Federal para elaboração de relatório final a ser submetido, ato contínuo, ainda dentro da prorrogação em curso, ao Ministério Público Federal", diz a petição.
Na última semana, o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, determinou a prorrogação, pelo prazo de 60 dias, do inquérito e estabeleceu prazo de cinco dias para que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre a necessidade de interrogatório do chefe do Planalto.
Aras seguiu a linha de argumentação apresentada pela AGU e fez menção à proibição pela corte da condução coercitiva. “O plenário desse Supremo Tribunal Federal, ao assentar que a condução coercitiva, para fins de interrogatório (art. 260 do CPP), não foi recepcionada pela Constituição Federal, referiu-se ao direito ao silêncio da seguinte forma: ‘prerrogativa do implicado a recursar-se a depor em investigações ou ações penais contra si movimentadas, sem que o silêncio seja interpretado como admissão de responsabilidade’". E acrescentou: ‘a legislação prevê o direito de ausência do investigado ou acusado ao interrogatório'”, diz a manifestação.
A investigação teve início em abril, quando Sergio Moro anunciou a saída do Ministério da Justiça e Segurança Pública e afirmou que Bolsonaro tentou interferir na PF para proteger familiares e aliados.
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Comentários (10)
Edmundo
2020-12-04 16:27:13Para que depor só tem marica mesmo né Bolsonaro!kkk
Maria
2020-12-04 02:11:36Ahh , mas que mãe ( Joana ). Não precisa comparecer para explicar os possíveis malfeitos como qualquer um de nós e nem se preocupar pois papai Aras garante que não será considerada uma admissão de culpa.
Ney
2020-12-04 00:08:41Miliciano covarde
Maria
2020-12-03 22:17:52Fugindo do que fez, medo né Bolsonaro, pq com o seu depoimento as coisas ficariam bem pior para você.
Odete6
2020-12-03 20:11:56E o quê, diferente disso, se poderia esperar do broncossauro-boçalnato-maricas e de seu capachinho-amestrado-maricas????!!!!
Nilson
2020-12-03 19:45:13Afinal o sujeito é procurador da instituição República ou da figura, cidadão Bolsonaro???
MARCOS
2020-12-03 19:37:38Tá com medinho, tá? Quem é o verdadeiro maricas nessa história? Moro prestou 8 horas de depoimento à PF.
MARCOS
2020-12-03 19:34:32Tenho uma dúvida, esse Aras é chefe da AGU ou da PGR?
O Voto Salva
2020-12-03 19:21:07Aras na PGR eh mais uma peca no aparelhamento do governo Bolsonero. Lembrado que o presidente nesse caso eh o investigado. 2022 Vamos trazer a Lava Jato de volta mais forte e finalmente voltar aos trabalhos de investigar, seguir o dinheiro e acabar com a impunidade e corrupcao no Brasil. Quero ver as cadeias lotadas desses criminosos poderosos que ficaram milionarios lesando o Brasil. Chega de foro previlegiado, todos deverao iguais perante a constituicao e serem sujeitos as mesmas leis. CHEGA!
PAULO
2020-12-03 18:41:16Dia após dia fica claro que o Moro falou a verdade. Sempre coerente, o ex ministro externou para os brasileiros os riscos de retrocesso no combate à corrupção, no governo que se elegeu fundamentalmente por dizer que avançaria mais ainda no combate à corrupção. Em vez de ficar chamando brasileiros de maricas e frouxos, Bolsonaro deveria "ser macho" e assumir as suas responsabilidades. Usar máscara para proteger a saúde é postura de pessoa prudente. Fugir de depoimento é coisa de "marica".