Após decisão de Fux, caminhoneiros planejam paralisação na quarta-feira
Após o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, adiar o julgamento sobre a constitucionalidade da tabela do frete, grupos de caminhoneiros planejam uma greve na próxima quarta-feira, 19. “A categoria vai parar em resposta ao descaso do ministro [Fux]”, afirmou, em entrevista à Jovem Pan, o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos...
Após o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, adiar o julgamento sobre a constitucionalidade da tabela do frete, grupos de caminhoneiros planejam uma greve na próxima quarta-feira, 19. “A categoria vai parar em resposta ao descaso do ministro [Fux]”, afirmou, em entrevista à Jovem Pan, o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores, Walace Landim, o Chorão.
Inicialmente, os caminhoneiros haviam decidido parar para acompanhar a votação no STF sobre o tema. Com a retirada do processo de pauta, a categoria, então, decidiu cruzar os braços na quarta-feira, entre 6h e 18h. A princípio, a orientação é para que sejam evitados bloqueios em rodovias.
Ao adiar o julgamento, Fux marcou audiência para 10 de março, em nova investida pelo acordo entre governo, caminhoneiros e empresas. A Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas foi criada na gestão Michel Temer. Em janeiro, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, ANTT, publicou resolução com o reajuste do preço mínimo dos fretes rodoviários. Com a alteração o piso aumentou de 11% a 15%, a depender do tipo de carga e operação.
Entidades que representam o agronegócio e a indústria são contra a Política Nacional de Pisos Mínimos desde a primeira edição. A decisão de Fux contrariou a Confederação Nacional da Indústria, que defendeu a manutenção do julgamento e argumentou que o tabelamento de preços mínimos gera, ao final, resultado semelhante ao de uma cartelização.
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Comentários (8)
Marcos
2020-02-18 12:09:10Não devemos esquecer em um movimento nacional, também, do Judiciário, seus penduricalhos e desmandos.
Marcos
2020-02-18 11:58:58Que tal um movimento nacional pela redução, em pelo menos 1/3, do número de vereadores e municípios incapazes de se manter com receitas próprias, bem como de deputados estaduais e federais, de senadores e eliminação de todos penduricalhos em suas folhas de pagamento. Lembremos que política não é profissão, é uma representação temporária dos interesses dos cidadãos, que sofrem agruras para pagar seus desatinos.
Ruy
2020-02-18 10:56:46Em 3 ou 5 anos vai acontecer com os caminhoneiros o mesmo que aconteceu com as empregadas domésticas: fizeram uma legislação tão absurda que pouquíssimos conseguem contratar os serviços. Sem contar que corre por fora a tecnologia dos caminhões sem motorista...
Rafael
2020-02-17 22:09:05Frete tem que ser regido por livre negociação entre as partes, como qualquer outro mercado. Tabela é inconstitucional, viola a livre iniciativa, diminui a competitividade dos podutos brasileiros, onera os consumidores, cria uma casta dos caminhoneiros. Não era caso de adiamento, mas de declaração de inconstitucionalidade sumária, enfática e pedagógica!
RICHY
2020-02-17 20:02:10Parabéns Ministro ! Caminhoneiro ou outra categoria qualquer não pode “emparedar” o governo, Justiça ou outro Poder do governo . Não podemos ficar reféns de nenhuma categoria. Vamos ao confronto se for justo e necessário . Senão daqui a pouco, greve dos leiteiros, padeiros, médicos etc que são vitais para nossa economia ! Não podemos abrir precedentes , sem ser a conversação , sem greves ! Que tal greve dos borracheiros pedindo teto mínimo para consertos de pneu? Pararia toda a frota !
Eduardo
2020-02-17 18:02:35Da greve passada para cá não ouvi mais falar nos 60 inquéritos abertos para investigar a prática de Lockout pelas transportadoras nem em iniciativas para diversificar nossos meios de transporte. Algum plano para aumentar a utilização de transporte ferroviário, fluvial ou de cabotagem?
Alberto
2020-02-17 18:02:01Os caminhoneiros tem que parar sim, não por esse motivo, mas por um muito maior. Devem exigir uma limpeza no STF, outra no "congresso" com a renúncia expressa do Nhonho e do Alcolumbriga, aprovação do pacote do Moro, redução total ou substancial do ICMS para combustíveis, a volta do Carniça para a cadeia, a prisão da Cadáver Insepulto, Pimentel, Haddad, Jacques Wagner, Gabrieli, Lindberg, Gleisi, etc,etc.
EDNO
2020-02-17 17:59:42É, a situação pode se complicar. 10% menos na refinaria e 0% nas bombas é inadmissível.