Antes de sabatina, Mendonça peregrina e Alcolumbre trabalha para esvaziar plenário
Após quatro meses, o Senado deve dar desfecho nesta quarta-feira, 1, à novela da indicação de André Mendonça, o nome "terrivelmente evangélico" escolhido por Jair Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal. Parlamentares apostam numa vitória do ex-advogado geral da União na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, mas não ousam prever o resultado da votação em...
Após quatro meses, o Senado deve dar desfecho nesta quarta-feira, 1, à novela da indicação de André Mendonça, o nome "terrivelmente evangélico" escolhido por Jair Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal. Parlamentares apostam numa vitória do ex-advogado geral da União na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, mas não ousam prever o resultado da votação em plenário.
Enquanto Mendonça passou os dias anteriores à sabatina entre ligações e andanças pelo Salão Azul em busca de apoio, Davi Alcolumbre, incansável, varou noites no esforço para barrar a designação.
O afã de Alcolumbre em inviabilizar o ex-AGU é tamanho que ele têm pedido aos congressistas indecisos que faltem à votação em plenário -- a ideia é reduzir o quórum, pois Mendonça precisa do apoio de pelo menos 41 dos 81 senadores para suceder Marco Aurélio Mello no STF.
"Sinal de que ele não confia totalmente nos votos contrários que contabiliza contra Mendonça", comentou um senador sob reserva, em conversa com Crusoé.
A sabatina de Mendonça na CCJ está agendada para as 9 horas. Relatora, a senadora Eliziane Gama avaliou que o ex-AGU cumpre os requisitos constitucionais para assumir uma cadeira na corte. Mesmo evangélica, ela ressaltou, porém, que, se aprovado, ele terá de exercer a função com respeito à laicidade do estado.
Pelo regimento interno do Senado, após a senadora ler o relatório, cada parlamentar da CCJ terá dez minutos para perguntas, e Mendonça, o mesmo tempo para responder. Pode haver também réplica e tréplica de cinco minutos, cada.
Depois, a comissão, formada por 27 senadores, iniciará a votação, que ocorrerá em urnas que resguardam o sigilo dos votos. Na CCJ, para ser aprovado, Mendonça precisa do apoio da maioria simples -- ou seja, de metade dos presentes mais um.
Caso o colegiado chancele a indicação, ela seguirá para o plenário, onde Mendonça precisará do aval de pelo menos 41 dos 81 senadores. Lá, os votos também são secretos.
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Comentários (7)
Bartolomeu
2021-12-01 11:38:11Que você consiga passar e solte as mãos do presidente TRAIDOR. Não seja como o Gilmar, o Levwandowski, o KKK ou o Aras. Aliás, se você resolver enveredar pelo lado dos pilantras, seja pelo menos um pilantra igual ao Moraes. Arrebente a vida do TRAIDORNARO. Do molusco a gente fala outra hora. Por enquanto: MORO2022🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷
VIDAL
2021-12-01 11:00:35Absurdo o que a FSP noticia hoje, acerca da ida de estudantes da Direito da USP para protestarem contra a indicação de Mendonça. Completamente legitimado ao cargo não por ser evangélico e sim por possuir currículo mais rico do que alguns que lá se encontram. Estão a refletir falta de autonomia de pensamento em face de mentes obsessivas de professores pseudos-intelectuais frustrados seguidores do PEB- Partido das Empreiteiras e dos Banqueiros (nome fantasia PT) Namastê!
Carlos
2021-12-01 10:47:02Esse senador Alcolumbre não pode ser presidente de nada.
Eduardo
2021-12-01 10:32:17Assistindo a esse “carvalho”, digno de drama de BBB, chamo o velho Chico Buarque (dos “Bons Tempos”-antes poder e Pt): “Pai, afasta de mim esse calice de vinho tinto de sangue…”. Mais uma novela bolsonariana: O masoquista e o sadico. Pelo que parece a novela ainda não se encerrou com o jantar regado por lágrimas de mulher bonita.
Marcello
2021-12-01 10:10:38O incansável pigmeu ex-reizinho do senado!
Globolixo
2021-12-01 09:07:28Vai passar! Sim ! o Brasil merece gente honesta e de carater! Bolso.22
Salvador
2021-12-01 08:34:47Por que esta birra do senador Alcolum bre com o André Mendonça? Será que é porque o postulado ao cargo de Ministro do STF é Evangélico? Ou será inveja de competência no saber?