Anvisa: Análise de pedido de importação para vacina ocorreu antes de queixa do Butantan
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, afirmou em nota, nesta sexta-feira, 23, que havia avaliado o pedido de importação da matéria-prima para a produção da Coronavac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, antes mesmo das reclamações do órgão sobre a morosidade do processo. Na quinta-feira, 22, ao jornal...
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, afirmou em nota, nesta sexta-feira, 23, que havia avaliado o pedido de importação da matéria-prima para a produção da Coronavac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, antes mesmo das reclamações do órgão sobre a morosidade do processo.
Na quinta-feira, 22, ao jornal Folha de S.Paulo, o presidente do Instituto, Dimas Covas, indicou uma demora na análise. Na ocasião, ele disse que o pedido formal de liberação excepcional da importação do produto ocorreu no dia 23 de setembro e acrescentou que recebera a informação de que o assunto só seria tratado em uma reunião marcada para novembro. Com a repercussão, a Anvisa esclareceu hoje que identificou discrepâncias no documento e as comunicou ao Butantan.
No texto, a agência reguladora alegou que, no processo dos insumos, há um pedido de autorização para importação de vacina na forma de seringa preenchida e de um produto intermediário, isto é, não envasado/bulk. Os itens, ressaltou, tem “condições sanitárias diferentes”.
“Para não haver perda de tempo, o processo foi desmembrado e as vacinas envasadas terão sua análise feita no prazo máximo de até cinco dias úteis, separadamente da análise do pedido de insumos, pela ferramenta já descrita – circuito deliberativo”, anunciou. “Cabe ressaltar que esse processo se encontrava pautado para o dia 4 de novembro, justamente para que houvesse tempo hábil para o atendimento das discrepâncias apontadas no processo referente à matéria-prima vacinal”, completou.
A Anvisa argumentou, ainda, que “não há nenhum tipo de retardo/atraso/morosidade”. “A análise foi feita e as discrepâncias foram encaminhadas para o laboratório a fim de serem solucionadas. Por fim, a Anvisa mantém o compromisso com o Estado brasileiro de atuar em prol dos interesses da saúde pública”.
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Comentários (3)
Maria
2020-10-23 17:13:22Tá parecendo funcionário fazendo corpo mole!! Absurdo toda essa burocracia retardando o processo todo. Revoltante. Anvisa!
Antonio
2020-10-23 16:06:59Anvisa acorda!!!! As pessoas estão morrendo, que falta de sensibilidade.
Vasconcellos
2020-10-23 15:54:27Inacreditável incompetência da ANVISA. Burocratas irresponsáveis! Ou será que há interesses em jogo? Ou então, incompetência e interesses escusos combinados?