Além de Toffoli, decisão do STF enterra outros 38 anexos da delação de Cabral
A decisão do Supremo Tribunal Federal de anular o acordo de colaboração premiada de Sérgio Cabral com a Polícia Federal enterrou não apenas a acusação de venda de decisão judicial feita contra o ministro Dias Toffoli, como também outros 38 anexos da delação do ex-governador do Rio de Janeiro. O julgamento no plenário virtual que...
A decisão do Supremo Tribunal Federal de anular o acordo de colaboração premiada de Sérgio Cabral com a Polícia Federal enterrou não apenas a acusação de venda de decisão judicial feita contra o ministro Dias Toffoli, como também outros 38 anexos da delação do ex-governador do Rio de Janeiro.
O julgamento no plenário virtual que derrubou a delação de Sérgio Cabral foi encerrado na quinta-feira, 27, com o placar de 7 a 4. Mesmo delatado pelo ex-governador, Toffoli não se declarou impedido e votou para tornar sem efeito o acordo homologado pelo próprio STF em fevereiro de 2020.
Votaram a favor do recurso da Procuradoria-Geral da República para anular o acordo, além de Toffoli, os ministros Edson Fachin, Gilmar Mendes, Kassio Marques, Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski e Luiz Fux. Os ministros Luís Roberto Barroso, Marco Aurélio Mello, Rosa Weber e Cármen Lúcia defenderam a manutenção de delação de Cabral.
Ao todo, o acordo de Sérgio Cabral tinha resultado em 19 anexos quando ele foi homologado por Fachin, em 2020, e em outros 20 "anexos complementares", apresentados no ano passado, com base numa cláusula do acordo de colaboração que foi criticada por ministros que votaram para anular a delação do ex-governador, que está preso no Rio e já foi condenado a mais de 300 anos de prisão.
Doze anexos envolvendo acusações contra ministros do Superior Tribunal de Justiça, como o atual presidente da corte, Humberto Martins, e do Tribunal de Contas da União, já tinham sido arquivados por Toffoli no ano passado, fato que a Polícia Federal interpretou como "obstrução das investigações" e incluiu no pedido de inquérito envolvendo o ministro.
Os outros anexos de Sérgio Cabral apresentavam delações contra o deputado Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais, a senadora Rose de Freitas, do MDB do Espírito Santo, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, do PSD, o ex-governador Luiz Fernando Pezão, entre outros políticos e agentes públicos.
Alguns dos anexos já tinham sido enviados para investigação nas superintendências da PF no Rio de Janeiro, em Brasília e em Curitiba, enquanto outros pedidos de distribuição estavam aguardando a decisão do Supremo junto com a solicitação de abertura do inquérito para investigar Toffoli. Agora, com a decisão de quinta-feira, 27, todos os anexos de Cabral foram enterrados.
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Comentários (10)
LUCIANO
2021-05-28 15:49:39Crime ocorre nada acontece feijoada
VOTO SALVA
2021-05-28 15:08:03stf aproveitou o momento e livrou uma penca de amiguinhos enrolados com a justiça. Alguém tem duvida que o stf eh uma das grande partes do problema que o Brasil se encontra. A qualquer momento vamos acordar numa Venezuela, ai ja era, vai dar confusão na certa.
LUCIANO
2021-05-28 14:37:34Um acordão...com Supremo, com tudo... grande Jucá. Faz falta em Brasília...
Juan
2021-05-28 12:55:10Com todas as vênias, apelar a quem?
Lenora
2021-05-28 12:30:38Lava toga. Só isso resolve.
Cesar
2021-05-28 11:33:30Como tem ocorrido, o corporativismo é a tônica nas decisões do STF que envolvem qualquer de seus membros.
Nilson
2021-05-28 11:08:56O Papa disse recentemente que gostamos é de cachaça e oramos muito pouco, mas isto é pouco, somos o paraiso da impunidade, da dissimulação, das aberrações juridicas, do corporativismo descarado, aqui bandido é acolhido como inocente e mocinho é tratado como bandido. Triste Brasil
Celso
2021-05-28 10:16:44Atenção senhores advogados dos ladrões do Brasil aproveitem e entrem com ações no STF para soltarem seus clientes, estão esperando o que? a porteira está aberta gente vamos lá, mexam-se
Jose
2021-05-28 10:11:25Notem. O pedido de anulação foi solicitado pela PGR. Quem manda na PGR? Preciso explicar mais?
Flash
2021-05-28 09:40:05É a pura verdade. Os maiores corruptos estão lá.