AGU é contra pedido para obrigar Anvisa a aprovar uso emergencial da Coronavac em 72h
A Advocacia-Geral da União manifestou-se contra um pedido da Rede Sustentabilidade para que o Supremo Tribunal Federal obrigue a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, a conceder autorização para o uso emergencial e temporário da Coronavac em 72 horas. O partido quer que, caso o prazo passe sem que haja uma manifestação da agência, contestando...
A Advocacia-Geral da União manifestou-se contra um pedido da Rede Sustentabilidade para que o Supremo Tribunal Federal obrigue a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, a conceder autorização para o uso emergencial e temporário da Coronavac em 72 horas.
O partido quer que, caso o prazo passe sem que haja uma manifestação da agência, contestando de forma cabal e fundamentada o imunizante, o registro emergencial da vacina seja aprovado de forma automática.
O Instituto Butantan, responsável pela Coronavac, e a Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz, à frente dos estudos sobre a vacina de Oxford no Brasil, submeteram os pedidos à Anvisa na última sexta-feira, 8.
No dia seguinte, após a triagem dos documentos, a autarquia considerou que as informações entregues pela Fiocruz atenderam as exigências. No caso do Butantan, a Anvisa requisitou dados faltantes, como as características demográficas e basais críticas da população do estudo, que incluem idade, sexo, raça, peso ou IMC, e outras características, a exemplo de função renal ou hepática e comorbidades.
A Rede, então, acionou o Supremo sob o entendimento de que houve "aparente condução desproporcional dos dois processos, que têm objetos e objetivos quase integralmente coincidentes: vacinar a população brasileira o quanto antes".
Em manifestação encaminhada à corte nesta terça-feira, 12, a AGU afirma que a Rede apresentou informações "sem nenhuma credibilidade técnica", as quais são
"fundadas em meras presunções".
O órgão destacou que o prazo de avaliação das solicitações é de dez dias e argumentou que "cada pedido de autorização temporária de uso emergencial tem uma análise própria, marcada pelos dados intrínsecos de cada vacina, de acordo com as informações e documentos apresentados e decisão concreta aplicável ao caso específico de cada uma".
A AGU ainda alegou que o prazo de 72 horas previsto em lei vale para a autorização excepcional para importação e distribuição de produtos e, não, para a autorização para uso emergencial de imunizante.
"Ressalte-se, no mesmo passo, que não há que se considerar deferimento tácito ou automático de uso emergencial em caso de ausência de manifestação da Anvisa, nem mesmo eventualmente. Isso porque esse procedimento diz respeito a uma vacina de caráter experimental, que pode causar risco não previsíveis à população alvo, já que os dados relativos à eficácia e segurança não seriam analisados com qualidade técnica pelo corpo de servidores da Anvisa", completou.
Mais cedo, a Anvisa informou que a Diretoria Colegiada reúne-se no próximo domingo, 17, para decidir sobre os pedidos de autorização para o uso emergencial, temporário e experimental da Coronavac e da vacina de Oxford.
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Comentários (10)
Sinval
2021-01-13 21:07:05A AGU deve pressionar a Anvisa para liberar o uso emergencial de cloroquina, principalmente para seu pessoal.
Antonio G
2021-01-13 14:24:25Então, a AGU poderá explicar tudinho para o ministro Lewandovski.
MARIA
2021-01-13 12:09:34Ah!!!! Só para evitar comparações simplistas. A Talidomida foi trabalhadinha no Método Científico e era prescrita por médicos. Os problemas só apareceram quando os bebês nasceram e demorou para ciência associar e agir. Os estudos cientificos sobre a pólio vinham numa direção completamente diferente por décadas, até que em 1940-50 surgiram vacinas. Com quase um século de existência, podemos falar em segurança e nem por isso os estudos científicos param. Vacina para Covid eficaz e segura? Como?
MARIA
2021-01-13 12:01:22Cadeirinhas e cintos de segurança salvam vidas, mas só em carros particulares, quando país e mães transportam filhos e agregados. Nos coletivos, humanos podem ser transportados que nem animais. Viagra pode provocar infarto, AVC e até matar ( está escrito na bula), mas vende em farmácia, sem necessidade de prescrição médica, com autorização do Método Científico, da Anvisa e do farmacêutico responsável pela farmácia. Vacina do COVID? Vírus notificado há 1 ano? Super segura!!!! kkkk
MARCOS
2021-01-13 11:31:41VACINEM OS POLÍTICOS DA REDE IMEDIATAMENTE COM A CORONAVAC.
AKUMA
2021-01-13 11:06:21esse governinho conta com alguns LEÕES MARINHOS:pazuelo--damares--guedes--maria fofoca--PGR--AGU--ricardo barros etc..etc..
KEDMA
2021-01-13 10:34:52Vidas brasileiras importam!
PAULO
2021-01-13 10:21:26A ANVISA, sobretudo depois do caso do voluntário que se suicidou, morte essa que foi comemorada pelo Bolsonaro, entrou no jogo político. Esse episódio triste mostrou que a ética e a moral da Anvisa são relativas. Se por óbvio vai ocorrer a liberação, 72 horas me parece um prazo razoável. Mas devem estar esperando às 2 milhões de doses que o Bolsonaro implorou em carta ao governo indiano. E cada dia sem vacina, são mais mortes que poderiam ser evitadas. No jogo político, vidas não são prioridade.
Maria
2021-01-13 09:47:16Melhor liberar logo antes que o Butantã seja assaltado.. este estoque vale mais que muito caixa de banco
Jose
2021-01-13 09:11:54A lógica genocida dos bozistas é a seguinte: armas salvam vidas e as vacinas matam...ou transformam as pessoas em jacaré!