Governo do Estado de São Paulo

Ação de Doria na pandemia contraria evangélicos e mina base na Assembleia

04.04.21 14:10

O endurecimento das medidas restritivas adotadas pelo governo de São Paulo no mês de março, em razão do avanço da pandemia de coronavírus no estado, desagradou a um grupo de políticos aliados do governador João Doria (foto) e minou a base de sustentação da gestão tucana na Assembleia Legislativa.

A maior revolta ocorreu na chamada bancada evangélica, que conta com doze deputados e ficou irritada com a decisão de Doria de proibir atividades religiosas coletivas nos templos, como cultos e missas, durante a fase emergencial. O decreto foi baixado no dia 15 de março, quando os casos de contágio e mortes por Covid-19 já estavam em uma escalada vertiginosa.

“Ele tinha garantido para nós que as igrejas seriam incluídas como serviços essenciais, permitindo a realização de cultos, mas depois recuou porque foi questionado pelo Ministério Público. No meio evangélico isso pegou muito mal”, afirma o deputado Wellington Moura, do Republicanos, partido controlado pela Igreja Universal.

Os evangélicos esperam que o decreto de Doria proibindo cultos e missas seja derrubado pelo ministro Gilmar Mendes, relator de um recurso movido pelo PSD no Supremo Tribunal Federal. A Procuradoria-Geral da República e a Advocacia-Geral da União, ambas alinhadas ao presidente Jair Bolsonaro, já se manifestaram favoráveis à reabertura dos templos.

Além dos deputados da frente evangélica, Doria também tem sido alvo de críticas de outros parlamentares da base aliada que defendem os interesses de empresários, de comerciantes e até de clubes de futebol na Assembleia.

Segundo um aliado do tucano, o número mágico de 48 votos para conseguir aprovar projetos na casa ficou ainda mais difícil para ser alcançado pelo tucano. Uma das propostas que o governador pretende aprovar rapidamente é o auxílio emergencial de 450 reais a desempregados, um valor que deputados de oposição querem dobrar na hora da votação em plenário.

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