A primeira grande derrota de Kassio Marques no Supremo
Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, o ministro Kassio Marques sofreu nesta quinta-feira, 8, sua primeira derrota no plenário do Supremo Tribunal Federal. E por um placar acachapante. Por nove votos a dois, o plenário decidiu autorizar que governadores e prefeitos proíbam celebrações religiosas presenciais em meio ao mais delicado momento da pandemia. O julgamento ocorreu...
Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, o ministro Kassio Marques sofreu nesta quinta-feira, 8, sua primeira derrota no plenário do Supremo Tribunal Federal. E por um placar acachapante. Por nove votos a dois, o plenário decidiu autorizar que governadores e prefeitos proíbam celebrações religiosas presenciais em meio ao mais delicado momento da pandemia.
O julgamento ocorreu em razão das decisões conflitantes do ministro novato e de Gilmar Mendes. No fim de semana, Kassio acolheu pedido da Associação Nacional dos Juristas Evangélicos e proibiu governadores e prefeitos de vedarem cultos e missas presenciais. Na segunda-feira, 5, Gilmar decidiu de forma contrária, rejeitando uma ação do PSD que requeria a derrubada do decreto de São Paulo que impedia as celebrações.
Os ministros do Supremo avaliaram o caso entre quarta-feira, 7, e hoje. Somente Dias Toffoli se alinhou a Kassio Marques -- e, mesmo assim, sem ler o voto ou apresentar justificativas. Os demais ministros ressaltaram a gravidade da pandemia, frisando que a vedação a cultos e missas evita aglomerações, criticaram o negacionismo e se solidarizaram com as famílias enlutadas.
Relator da ação do PSD, Gilmar Mendes afirmou durante seu voto que beira o "surreal" a narrativa de que a interdição temporária de eventos coletivos e de templos religiosos "teria algum motivo anticristão".
Hoje, no início do julgamento, Kassio Marques manteve-se fiel aos desejos do presidente da República, crítico contumaz do isolamento. O ministro reclamou dos que o criticaram, sem citar nomes. “Criou-se uma atmosfera de intolerância, na qual não se pode falar do direito das pessoas, que isso é tachado de negacionismo”, disparou. "Tenho ouvido que vivemos a pior crise sanitária dos últimos 100 anos. É verdade. Mas também vivemos uma das maiores crises de direitos individuais e coletivos dos últimos 100 anos."
“Serviço de saúde e alimentação não podem ser fechados, evidentemente. Por outro lado, festas e shows podem ser proibidos temporariamente. Há uma vasta zona cinzenta”, disse. “Mesmo as igrejas estando fechadas, nem por isso estará garantida a redução do contágio.”
Nos votos seguintes, os ministros demostraram incredulidade quanto à defesa da liberação de cultos em meio à escalada de mortes -- ao longo das últimas 24 horas, em um novo recorde, o Ministério da Saúde contabilizou 4.249 óbitos por Covid-19.
“O mundo ficou chocado quando morreram 3 mil pessoas nas torres gêmeas. Nós estamos com 4 mil mortos por dia. Me parece que algumas pessoas não conseguem entender o momento gravíssimo dessa pandemia”, disse Alexandre de Moraes.
Decano do Supremo, Marco Aurélio Mello, em tom de ironia, fez questão de mencionar o placar final da derrota fragorosa dos defensores da abertura das igrejas. "Nesta quadra, a melhor vacina que temos é o isolamento. Queremos rezar? Rezemos em casa. Não há necessidade de abertura de templo."
O julgamento refletiu o descontentamento de ministros com a decisão liminar de Kassio. Os magistrados ficaram constrangidos com a liberação das celebrações porque, há um ano, o próprio plenário reconheceu a competência de estados e municípios para definir medidas de combate à Covid-19.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (10)
Sônia Adonis Fioravanti
2022-01-21 20:21:33O indicado pelo picareta cor RUPTO e oportunista do Ciro Nogueira .HJ O CHEFE DE BOZO
Odete6
2021-05-31 04:50:56Além de acéfalo, sabujo, sem caráter e amoral, que careta enjoativa a desse kopia-e-kola!!!!....Iiiirrrrkkk....
Luciano
2021-04-09 19:27:03Pelo jeito, logo se registrará ato de ofício com o 1º Impeachment de um colega.
Ademir
2021-04-08 23:53:22ministro kazzo cumpriu seu papel ridículo, pagando dízimo ao demo junto com os pastores araras e surikato
Maria
2021-04-08 21:23:17Não se enganem, isto era favas contadas, não tinha discursão, esperem o que vai ser votado pra valer...
Angela
2021-04-08 20:59:31Derrota do Passa Pano,que o Bolsonaro nomeou! Derrete Bolsonaro! Sua hora vai chegar!!!
Angela
2021-04-08 20:57:05Derrota do passa pano,que o Bolsonaro nomeou!Derrete Bolsonaro!
Sergio
2021-04-08 20:27:06O tombo do Bozocassio foi feio. Ele quis contemplar o patrão Bozomerda mas o que fez foi mostrar que é um corrupto que foi indicado por um genocida, que por azar dos familiares que perderam vidas está no poder. Ainda bem que o genocida está com os dias contados. CPI nele.
Ivo
2021-04-08 20:26:32Baba-ovo, mais um. Só perde pro André Mendonça
Claudio
2021-04-08 20:10:17vc. sabia que o ministro Marco Aurélio e tratado no STF como "Ministro Voto Vencido" ? É comum num colegiado, sua idiota "NEGACISTA".