A primeira bandeira LGBTQIA+ erguida na Faixa de Gaza

O soldado israelense Yoav Atzmoni posou para duas fotos dentro da Faixa de Gaza com bandeiras da comunidade LGBTQIA+. “A primeira vez que a bandeira do orgulho (gay) é erguida em Gaza“, diz uma mensagem do governo de Israel, que compartilhou a imagem.

A história inicialmente foi compartilhada pelo fotógrafo Lee Kern, que trazia uma mensagem original do militar Atzmoni: “Para a comunidade LGBTQ+ escondida em Gaza: MANTENHAM A ESPERANÇA de um futuro em que vocês poderão viver e amar livres do Hamas!“.

Na primeira foto, Atzmoni aparece com uma bandeira de Israel, com a estrela de David no centro e margens que imitam a bandeira do orgulho gay. Atrás dele, pode-se ver um tanque israelense.

“Há uma mensagem interna para Israel: que temos obrigações para com o Estado e devemos exigir os direitos dos homossexuais aqui — não necessariamente para casar e constituir família, mas algo mais básico — o direito à segurança como pessoas LGBTQIA+, o direito ao respeito, o direito de fazer parte de uma identidade nacional, o direito de ser contado e reconhecido”, afirmou Atzmoni. “A mensagem externa para o mundo é que, apesar da dor da guerra – as Forças de Defesa de Israel, FDI, são o único exército no Oriente Médio que defende os valores democráticos. São o único exército que permite aos gays a liberdade de ser quem somos. E por isso acredito plenamente na retidão da nossa causa.”

Na segunda foto, que ilustra esta reportagem, Atzmoni posa com uma bandeira do orgulho, com faixas em várias cores, e a frase: “Em nome do amor“. Ele explica a escolha da frase: “Quando entrei em Gaza, sabia que escreveria uma mensagem em três línguas, mas ainda não tinha decidido o que dizer. (Devo mencionar que falo árabe e conheço literatura árabe). Nos primeiros dias do conflito, vi a inscrição árabe ‘Bismillah’ (“em nome de Deus”) em muitas casas. Decidi me corresponder escrevendo ‘Bismilahav’, que significa ‘em nome do amor’. Além disso, ‘In the Name of Love’ é uma música da banda U2 que eu gosto muito! A minha intenção era fincar a primeira bandeira do orgulho em Gaza como um apelo à paz e como uma mensagem de liberdade“.

Israel é um dos países do mundo mais abertos para a comunidade LGBTQIA+, sendo a cidade de Tel Aviv considerada o melhor destino gay do mundo.

Na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, a homossexualidade é proibida. Organizações LGBTQIA+ não podem existir e as penas para quem viola a lei podem incluir até dez anos de prisão.