A ilusão sindical de Lula e Biden

Lula e o presidente dos EUA, Joe Biden, defenderam cegamente a figura dos sindicatos em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (20) sobre direitos trabalhistas.

"Todas as pessoas que acreditam que sindicato fraco vai fazer com que o empresário ganhe mais e o país fique melhor está enganado", disse Lula.

"Não há democracia sem sindicato forte, porque o sindicato é efetivamente quem fala pelo trabalhador para tentar defender os seus direitos", acrescentou.

Antes do petista falar, Biden também defendeu uma "força trabalhista forte".

"Meu governo tem sido caracterizado como o governo mais pró-sindicato da história dos EUA", disse o democrata.

Lula e Biden ignoram o atual cenário da economia mundial, marcado pela terceirização do emprego e pela flexibilidade do mercado e, logo, das condições de trabalho.

Além disso, ambos omitem problemas antigos de sindicatos, como a corrupção e a ineficiência.

Os sindicatos voltaram à pauta no Brasil na semana passada com a decisão do Supremo Tribunal Federal de validar a cobrança da contribuição assistencial.

A determinação do STF não ressuscita o imposto sindical, que era obrigatório e foi abolido pela reforma trabalhista do governo de Michel Temer.

O pagamento da contribuição é obrigatória apenas se for acertado em acordo ou convenção coletiva ou se o trabalhador não filiado der aval.