A diplomacia pró-Rússia do Itamaraty destoa no Ocidente democrático
O governo brasileiro só divulgou uma nota sobre o bombardeio que atingiu o hospital infantil Ohmatdyt, em Kiev, às 23h28 desta segunda, 8. A nota não menciona a Rússia como a responsável pelas dezenas de mísseis, que atingiram cinco cidades ucranianas e mataram 38 pessoas. Outras 150 ficaram feridas (foto). No texto do Itamaraty, tampouco...
O governo brasileiro só divulgou uma nota sobre o bombardeio que atingiu o hospital infantil Ohmatdyt, em Kiev, às 23h28 desta segunda, 8.
A nota não menciona a Rússia como a responsável pelas dezenas de mísseis, que atingiram cinco cidades ucranianas e mataram 38 pessoas. Outras 150 ficaram feridas (foto).
No texto do Itamaraty, tampouco há qualquer condenação ao ditador russo Vladimir Putin. O governo brasileiro apenas "reitera sua condenação a ataques", sem dizer quem os realizou.
“O governo brasileiro condena o bombardeio que atingiu hoje o hospital infantil Ohmatdyt, em Kiev, que resultou em número expressivo de vítimas fatais, incluindo crianças. O governo brasileiro reitera sua condenação a ataques em áreas densamente povoadas, especialmente quando acarretam danos a instalações hospitalares e a outras infraestruturas civis, e expressa sua solidariedade às vítimas e a seus familiares", afirma a nota oficial.
Leia em O Antagonista: Governo Lula condena ataque a hospital infantil, mas omite Rússia
O servilismo que o governo brasileiro e o Itamaraty prestam ao Kremlin fica evidente quando se lê as notas e declarações emitidas por outros governos do Ocidente ou blocos políticos, como a União Europeia. Tanto na direita quanto na esquerda, os líderes das democracias do Ocidente não se curvam a Putin.
Estados Unidos
A Casa Branca, comandada por Joe Biden, publicou um parágrafo curto nesta segunda: "Os ataques com mísseis da Rússia, que hoje mataram dezenas de civis ucranianos e causaram danos e vítimas no maior hospital infantil de Kiev, são uma lembrança horrível da brutalidade da Rússia. É fundamental que o mundo continue a apoiar a Ucrânia neste momento importante e que não ignoremos a agressão russa".
Argentina
O Ministério de Relações Exteriores, comandado por Diana Mondino, publicou uma nota: "A República Argentina condena e lamenta firmemente os ataques aéreos das Forças Armadas russas contra cidades ucranianas e contra o maior hospital infantil do país. O bombardeio deixou 30 civis mortos e um número ainda maior de feridos. A Argentina reitera o seu apelo urgente à Federação Russa para que cesse imediatamente o uso da força e cesse as operações militares na Ucrânia, condenando a invasão do seu território e salientando a obrigação de respeitar o direito humanitário internacional. Da mesma forma, expressamos a solidariedade do nosso país para com as vítimas e suas famílias".
União Europeia (UE)
A delegação da UE na Ucrânia divulgou um texto ainda na noite da segunda, 8, dando detalhes sobre os vários ataques e condenando principalmente o que atingiu o hospital e as crianças. "Ao visar (o hospital de) Okhmatdyt, um símbolo da medicina de acolhimento de crianças e do tratamento de câncer infantil na Ucrânia, e ao atacar as crianças, que são as mais vulneráveis, a Rússia demonstra mais uma vez a sua crueldade e que é totalmente insincera em relação à paz e às negociações de paz". Segue o texto: "Nos últimos dois anos e meio, a Rússia tem aterrorizado continuamente a população da Ucrânia, travando a sua guerra de agressão ilegal, visando intencionalmente civis inocentes e infraestruturas civis em todo o território da Ucrânia, com mísseis em grande escala e ataques de drones, utilizando cada vez mais bombas planadoras. Os ataques deliberados a civis e a bens civis que não constituem um objetivo militar podem constituir crimes de guerra e podem constituir crimes contra a humanidade. Estes e outros crimes de guerra estão sujeitos a investigações internacionais, inclusive no Tribunal Penal Internacional. A liderança da Rússia, todos os comandantes, perpetradores e cúmplices destas atrocidades serão responsabilizados".
Reino Unido
O recém-empossado primeiro-ministro Keir Starmer, do Partido Trabalhista, compartilhou uma publicação do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Apesar de ser um político de esquerda, Starmer, que atuou como advogado em favor da causa dos direitos humanos, não tomou o lado da Rússia. "Atacar crianças inocentes. A mais depravada das ações. Estamos ao lado da Ucrânia contra a agressão russa – o nosso apoio não vacilará", escreveu ele nas redes sociais.
Leia na Crusoé: Celso Amorim não larga a mão de Putin
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Comentários (3)
F-35 - Hellfire
2024-07-09 15:25:43Esse hipócrita servil que finge não enxergar a realidade já escolheu os caminhos que pretende trilhar. Não são caminhos do bem. São os caminhos que Hitler, Stalim, Mao Tse Tsung e outros ditadores trilharam no passado. O Brasil não concorda com isso!
Amyr G Feitosa
2024-07-09 14:02:31O que esperavam deste desgoverno de ditadores latroCOMUNazistas ???
Andre Luis Dos Santos
2024-07-09 12:46:27Esse governo é uma vergonha. Lacaios vagabundos. Viuvos da FALIDA União Soviética. Esse antiamericanismo é patético e ridículo.