Casa Branca

A crise no Oriente Médio e a aprovação de Trump

12.01.20 11:19

A crise com o Irã deve ter um efeito muito pequeno na aprovação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (foto).

Historicamente, guerras e conflitos menores tendem a elevar a popularidade do presidente. É o efeito conhecido como “reunião em volta da bandeira” (rally round the flag, em inglês).

Após os ataques terroristas de 11 de setembro em 2001, o presidente George W. Bush obteve um enorme ganho de popularidade com um discurso em Nova York, em que ele conseguiu a simpatia da população americana, de republicanos, democratas e independentes. “Esse efeito, contudo, depende muito da natureza do conflito, da sua duração e da opinião das elites e da imprensa”, diz o cientista político britânico Daniel Stevens, da Universidade Exeter, no Reino Unido. Passado algum tempo, quando começam a surgir os questionamentos sobre as mortes de americanos e os custos financeiros, o efeito se evapora.

Na opinião de Stevens, Trump poderia se beneficiar muito pouco do efeito patriótico. “O presidente tem passado muito tempo apelando apenas para sua base de eleitores e sua aprovação nunca passou de 50%. Seria muito difícil imaginar ele fazendo um discurso para uma plateia mais ampla, como o de George W. Bush em 2001”, diz Stevens.

Um conflito maior no Oriente Médio também poderia trazer reações adversas. “Os americanos só aprovariam uma guerra se existisse uma razão convincente, como no caso de uma ameaça clara ou de um ataque”, diz Stevens, que estuda o comportamento dos eleitores nos Estados Unidos e no Reino Unido. “Trump prometeu tirar os Estados Unidos das guerras sem fim no Oriente Médio. Para agir na contramão do que ele sustentou até agora, ele teria de ter uma razão muito forte. Acho que os americanos estão longe de pensar que existe motivo para tanto.”

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  1. Quem não é capaz de fazer nem o mais simples será capaz de fazer o que é mais complexo? Trump é o homem dos resultados, ele pode se vender como tal pq até agora estes têm sido favoráveis a ele, então pq desperdiçar a oportunidade. Claro que ele deve continuar se concentrado em garantir que estes se mantenham, mas fora isto, a conjuntara é extremamente favorável. Ele pode trazer a paz mundial que os democratas puristas não votarão nele.

  2. Se o sujeito quer acreditar que haverá saúde e educação para todo mundo de graça, sem custos sociais nem implicações de longo prazo e larga escala, então ele não faz a menor ideia de como a realidade funciona e a complexidade de se fazer algo que no papel parece fácil, mas na prática está carregado de riscos e incertezas. Menos é mais, soluções simplistas podem parecer vazias, mas elas tem uma grande vantagem: são fáceis e rápidas de implementar.

  3. Enquanto eles se gabam de salvar as fadas, duendes, unicórnios e seres mágicos, é Trump quem protege a floresta de verdade e seus habitantes. Não adianta ele tentar fazer um discurso para o eleitor democrata puro, isto é perda de tempo. Tb não adianta ele tentar ganhar os estados que já são seguramente dos democratas. Uma vez que se considere que os swing states se preocupam menos com promessas vazias e mais com resultados reais, pois senão seriam democratas, isto é o que importa.

  4. No mundo deles não se combate a dependência química atacando o tráfico de drogas, mas liberando o consumo. No mundo deles trazer trabalhadores desqualificados que não tem conhecimento mínimo do idioma e farão trabalhos que eles, democratas, não se dignariam a fazer, mesmo se bem pagos, é melhor do que limpar a corrupção em países subdesenvolvidos. Portanto, Trump precisa ser o homem dos resultados reais que entrega o que os democratas promete.

  5. Ele ainda poderia se colocar como um sujeito muito modesto and the BIGGER PERSON (claro que seria uma piada, mas com fundo de verdade), enquanto os democratas vivem fazendo campanha para salvar as fadas, os duendes, unicórnios e outros seres mágicos que habitam as cabeças deles, Trump é o sujeito que tem que cuidar da realidade pq os democratas estão muito entretidos em seus delírios de salvar a humanidade sem mover um único dedo nem fazer sacrifício.

  6. A depender dos resultados, Trump não precisa apelar para um público mais amplo, pois ele pode se vender como o homem dos resultados, que não perde tempo com amenidades e frivolidades, que apesar de tudo o que falam dele, faz o que tem que fazer e entrega o que as pessoas esperam, inclusive aqueles que não gostam dele. Se os EUA e o mundo estão mais seguros, isto não beneficia os eleitores democratas? Se a economia vai bem, isto não beneficia os democratas?

  7. E vou mais longe... Tirando a Califórnia, que é um estado diferenciado e absolutamente dissociado do verdadeiro USA, apesar de sua riqueza e qualidade de vida insuperável. Basta observar os demais 49 estados ( New York incluida), e os resultados das eleições, não sòmente no Colégio Eleitoral, como no Voto Popular, o país é conservador e republicano.

  8. A China com seus US$14 trilhoes, ainda vai ter que ralar muito e não conseguirá, pois sair de US$10 mil / per capita e chegar a US$ 60 mil é impossível !! Quanto a "analistas politicos" e "especialistas", faça-me o favor...As eleições de Trump e Bolsonaro deixaram-nos sem "pai nem mãe", usando a linguagem bem realista.

  9. Pois é...mas os eternos "do contra" diziam que o Presidente Trump perderia apoio do povo ( Povo mesmo! Não aquele que a vermelhada representa!) com o ataque e morte ao general terrorista iraniano. Kkkkkkkkkkkk ."ELES" estão perdendo tudo, principalmente a credibilidade irrestrita das pessoas.

    1. Anteriormente escrevi que o sr. Duda Teixeira não tem isenção pois é a favor dos democratas no governo americano. Nunca vi ele falar mal do "santo" Obama. Como apoio, sempre, os governos republicanos, mesmo com seus erros, pois foram quem levaram aos US$20 trilhoes o PIB, com US$ 60 mil / per capita. Nenhum país conseguiu nem conseguirá tal feito, com 330 milhoes de habitantes. continua....

    2. "Acho que os americanos (...)". Esse termo pressupõe uma opinião. Deve ser consequência de um momento de descontração com o colunista e não um trecho de um artigo científico. De qualquer forma, ofender o colega leitor chamando-o de analfabeto não condiz com o nível desse periódico. Felicidade e prosperidade a todos.

    3. O cientista político está fazendo uma análise, apontando possibilidades, com base no comportamento anterior do público americano. Ele não está fazendo uma afirmação ou previsão, nem o cientista nem o articulista. Não saber diferenciar uma opinião ou análise de uma afirmação é uma consequência esperada do analfabetismo funcional.

  10. Trump fez o certo. Mostrou para o Irã que não está para brincadeira. Mas mostrou aos aliados do Oriente Médio e, mais ainda, para os europeus, que não salvará o mundo sozinho. Caso contrário, os EUA gastam o dinheiro, ficam com o desgaste de imagem de polícia do mundo, enquanto todos usufruem do enfraquecimento dos criminosos de Estado. Inclusive, tem tudo a ver com a OTAN. Os europeus não investem em armamento contando com os EUA os defenderem da Rússia, mas apoiam o Irã e a Rússia contra os EU

  11. Já passou da hora do povo americano se livrar e livrar o planeta desse néscio, o trampo agente laranja!!! Impeachment nele!!!

    1. concordo ! Com todo respeito Odete6, que mundo vc vive. Se não fosse o TRUMP, que tem lá seus defeitos, o Oriente médio e o Irão teriam muito mais vítimas.Acorda

    2. kkkkk... A melhor piada do dia.... continuo a rir kkkkkkkk...

  12. Os eleitores vão se motivar e apoiar Trump, sim. O pavor que os terroristas plantaram, com o 11 de Setembro, só cresceu nestes 18 anos. Depois que alguém que se achava invulnerável, sangra, experimenta a dor, o medo faz o resto. "Rally round the Flag".

    1. Não Edmundo, o que você precisa fazer é conhecer os republicanos americanos. Gente da pior espécie, parecem mais a esquerda brasileira que os democratas. A única diferença é o discurso ideológico. As práticas são idênticas.

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