Após Gilmar declarar que Exército se associou a 'genocídio', Defesa acionará PGR
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, informou nesta segunda-feira, 13, que vai acionar a Procuradoria-Geral da República contra o ministro Gilmar Mendes (foto), do Supremo Tribunal Federal. O texto, subscrito ainda pelos comandantes das Forças Armadas, é uma reação ao episódio em que o magistrado disse que o Exército se associou a um...
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, informou nesta segunda-feira, 13, que vai acionar a Procuradoria-Geral da República contra o ministro Gilmar Mendes (foto), do Supremo Tribunal Federal.
O texto, subscrito ainda pelos comandantes das Forças Armadas, é uma reação ao episódio em que o magistrado disse que o Exército se associou a um “genocídio”, em referência à atuação de militares no Ministério da Saúde durante a pandemia.
A fala de Gilmar Mendes ocorreu no sábado, 11. "Não podemos mais tolerar essa situação que se passa no Ministério da Saúde. Não é aceitável que se tenha esse vazio. Pode até se dizer: a estratégia é tirar o protagonismo do governo federal, é atribuir a responsabilidade a estados e municípios. Se for essa a intenção é preciso se fazer alguma coisa. Isso é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável. É preciso pôr fim a isso", declarou.
Em nota, o ministério e as Forças Armadas avaliaram que o comentário “trata-se de uma acusação grave, além de infundada, irresponsável e sobretudo leviana”. “O ataque gratuito a instituições de Estado não fortalece a democracia”.
O texto destaca que o genocídio é definido por lei como “a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso”. Conforme a nota, este é “um crime gravíssimo” no âmbito nacional e na justiça internacional, algo de “pleno conhecimento de um jurista”.
“Na atual pandemia, as Forças Armadas, incluindo a Marinha, o Exército e a Força Aérea, estão completamente empenhadas justamente em preservar vidas. Informamos que o MD encaminhará representação ao Procurador-Geral da República para a adoção das medidas cabíveis.”
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