Filha de Serra tirou R$ 7,9 mi de conta na Suíça antes do início da Lava Jato
Documentos obtidos pelo Ministério Público Federal de São Paulo mostram que Verônica Serra, filha do senador José Serra (foto), do PSDB, retirou 1,4 milhão de francos suíços (7,9 milhões de reais em valores atuais) de uma conta na Suíça que teria sido abastecida com dinheiro de corrupção da Odebrecht pouco antes da deflagração da primeira...
Documentos obtidos pelo Ministério Público Federal de São Paulo mostram que Verônica Serra, filha do senador José Serra (foto), do PSDB, retirou 1,4 milhão de francos suíços (7,9 milhões de reais em valores atuais) de uma conta na Suíça que teria sido abastecida com dinheiro de corrupção da Odebrecht pouco antes da deflagração da primeira operação da Lava Jato, em 2014.
Segundo a denúncia oferecida pela Lava Jato paulista contra Serra e Verônica nesta sexta-feira, 3, por lavagem de dinheiro, a transferência da conta Firenze 3026, do Banco Arner, ocorreu no dia 10 de fevereiro de 2014. Um mês depois, em 17 de março, a Polícia Federal deflagrava, no Paraná, a primeira fase da operação que descobriu o maior esquema de corrupção da história do país.
O dinheiro, segundo os procuradores, saiu da conta em nome da Dortmund International Inc, uma offshore aberta no Panamá controlada pela filha de Serra. Foi nessa conta que entraram, pelo menos, 936 mil euros entre 2006 e 2007, transferidos por meio de uma empresa de José Amaro Ramos, operador que intermediou os repasses ilícitos da Odebrecht destinados a José Serra.
No início de 2014, Verônica Serra decidiu liquidar os valores da conta abastecida pelo operador tucano e transferiu 7,9 milhões de reais para uma outra conta na Suíça em nome da empresa Citadel Financial Advisory, cuja titularidade não foi revelada pelos investigadores.
"Dessa forma, valores transferidos a José Amaro Ramos, pela
Odebrecht, por solicitação de José Serra e tendo este como beneficiário final,
foram remetidos, a partir de diversas operações, ao controle de Verônica Serra, filha do referido agente político, sendo, ao fim, liquidados para outras contas, em uma terceira camada de dispersão patrimonial, integrante, a toda evidência, de uma cadeia de lavagem de ativos", afirma a Lava Jato paulista na denúncia.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)