PGR denuncia Arthur Lira por propina de R$ 1,6 mi
A Procuradoria-Geral da República denunciou por corrupção passiva nesta sexta-feira, 5, o deputado federal Arthur Lira, um dos principais aliados do presidente Jair Bolsonaro no Centrão. O caso será analisado pelo Supremo Tribunal Federal. De acordo com a peça assinada pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, o parlamentar recebeu propina de 1,6 milhão de reais...
A Procuradoria-Geral da República denunciou por corrupção passiva nesta sexta-feira, 5, o deputado federal Arthur Lira, um dos principais aliados do presidente Jair Bolsonaro no Centrão. O caso será analisado pelo Supremo Tribunal Federal.
De acordo com a peça assinada pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, o parlamentar recebeu propina de 1,6 milhão de reais da Queiroz Galvão e, em troca, garantiu o apoio do PP à permanência do ex-diretor-geral da Petrobras Paulo Roberto Costa no cargo, facilitando contratos entre a empresa e a estatal.
"O comando do PP responsável pela indicação de Paulo Roberto Costa acertou com ele que seria cobrado, a título de propina, em torno de 1% (um por cento) dos valores de contratos e aditivos assinados pela Petrobras a partir da atuação e das demandas da Diretoria de Abastecimento", afirma Lindôra.
Segundo a subprocuradora-geral, é "nesse arranjo que a construtora Queiroz Galvão, por executivos como o falecido Ildefonso Colares Filho (ex-diretor presidente), Othon Zanoide de Moraes Filho (ex-diretor) e Augusto Amorim Costa, celebrou diversos contratos com a Petrobras".
A PGR sustenta que o acordo foi facilitado em 2012, quando Lira assumiu a liderança do PP na Câmara, após a ida do deputado Aguinaldo Velloso Borges para o Ministério das Cidades. "Com essa ascensão, Arthur Lira passou a atuar de modo mais concreto no esquema de arrecadação de propina, fiscalizando os pagamentos ao grupo dissidente, com auxílio do operador Alberto Youssef e do novo operador Henry Hoyer", escreve.
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