Aras concorda com a PF e quer mais 30 dias para inquérito de Bolsonaro
O procurador-geral da República, Augusto Aras (foto), concordou com o pedido da Polícia Federal para prorrogar, por mais 30 dias, o inquérito que investiga a interferência do presidente Jair Bolsonaro na corporação. Um ofício será enviado ainda nesta terça-feira, 2, ao ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, que havia pedido seu parecer. Entre...
O procurador-geral da República, Augusto Aras (foto), concordou com o pedido da Polícia Federal para prorrogar, por mais 30 dias, o inquérito que investiga a interferência do presidente Jair Bolsonaro na corporação. Um ofício será enviado ainda nesta terça-feira, 2, ao ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, que havia pedido seu parecer.
Entre as diligências requeridas pela Polícia Federal está o depoimento do presidente. A equipe responsável pela investigação também cobrou provas do Gabinete de Segurança Institucional, chefiado pelo general Augusto Heleno, de que Bolsonaro estaria insatisfeito com sua segurança pessoal no Rio e, não, com a superintendência fluminense.
A PF afirmou, no documento em que pediu mais um mês de investigações, que aguarda o “recebimento das cópias dos inquéritos já indicados com trâmite perante a Superintendência do Rio” sobre o suposto vazamento da Operação Furna da Onça.
Usualmente, as perguntas são endereçadas pela corporação ao presidente da República por escrito. Esse foi o procedimento adotado, por exemplo, quando Michel Temer foi interrogado no inquérito dos portos.
Na semana passada, o empresário Paulo Marinho, que relata um suposto vazamento das investigações da Furna da Onça e do caso Queiroz a Flávio Bolsonaro, prestou depoimento à PF do Rio. Apesar de ser conhecida sua versão, o depoimento está em sigilo, assim como o do chefe de gabinete de Flávio, Miguel Grillo.
O vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril também está nos autos dessa investigação. Ele é considerado pela defesa do ex-ministro Sergio Moro como prova de que Bolsonaro queria intervir na PF para proteger parentes e amigos.
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