Criticado pela comunidade judaica, Weintraub volta a falar no Holocausto
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, voltou a fazer comparações entre a operação contra a divulgação de fake news e o Holocausto, após ser alvo de duras críticas de associações da comunidade judaica e de representantes do governo de Israel. Na manhã desta sexta-feira, 29, ele postou novas menções ao genocídio de judeus, em suas...
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, voltou a fazer comparações entre a operação contra a divulgação de fake news e o Holocausto, após ser alvo de duras críticas de associações da comunidade judaica e de representantes do governo de Israel.
Na manhã desta sexta-feira, 29, ele postou novas menções ao genocídio de judeus, em suas redes sociais. “Primeiro prenderam quem defendia a liberdade. Depois, a grande mídia nazista, dos poderosos, afirmava: ‘o Holocausto não existe’. Lutar pela liberdade de expressão? De opinião, de pensamento, de informação? ‘Bobagem, peguem a senha e aguardem na fila’”, escreveu o ministro.
Na quarta-feira, Weintraub comparou a operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, à Noite dos Cristais, que foi um dos primeiros atos nazistas contra judeus na Alemanha, em 1938.
O cônsul-geral de Israel em São Paulo, Alon Lavi, disse que “o Holocausto, a maior tragédia da história moderna, onde 6 milhões de judeus, homens, mulheres, idosos e crianças foram sistematicamente assassinados pela barbárie nazista, é sem precedentes. Esse episódio jamais poderá ser comparado com qualquer realidade política no mundo”.
O Comitê Judaico Americano classificou a fala de Weintraub como “profundamente ofensiva aos judeus do mundo”, além de “insulto às vítimas e sobreviventes do terror nazista”. A entidade, uma das mais representativas de judeus no mundo, condenou a “repetida politização da linguagem do Holocausto por funcionários do governo brasileiro”.
Criticado nas redes sociais pelas comparações com o Holocausto, Weintraub afirmou nesta sexta-feira que não precisa “de autorização de ninguém para falar do Holocausto” e afirmou que seu avô sobreviveu aos campos de concentração nazistas.
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