ReproduçãoDiego, o irmão, Paulo Negão, o pai, e Michelle, a futura primeira-dama: retrato do Brasil real

“Paulo Negão” e a família B de Bolsonaro

O sogro do presidente produz camisetas para igrejas evangélicas. Um cunhado, que perdeu a eleição para deputado, é motorista de aplicativos. O outro é professor. Todos moram na periferia de Brasília
15.11.18

Em 5 de setembro, um dia antes de ser esfaqueado, o então candidato Jair Bolsonaro fez uma carreata em Ceilândia, terra de sua mulher, a uma hora de distância dos palácios de Brasília. Enquanto Bolsonaro bradava que varreria PT e PSDB para o “lixo da história”, chutando o boneco do ex-presidente Lula, Michelle estava no Rio, ansiosa. Decidira finalmente gravar para o programa eleitoral do marido, na casa do empresário Paulo Marinho. Seria sua estreia na televisão e na vida pública. Até ali, a mulher de Bolsonaro mantinha-se discreta. Eduardo, irmão de Michelle, estava esfuziante no alto do trio elétrico, tirando fotos com o cunhado. Era candidato a deputado distrital e vivia o ápice de sua campanha franciscana (e fracassada). Paulo, o sogro de Bolsonaro, observava a multidão da esquina de casa, calado, de chinelos. Quando o genro foi chegando perto, ele ficou receoso dos holofotes e se escondeu na “Shopping 1,99”, uma loja de bugigangas.

Michelle, a filha de Paulo Negão que a partir de janeiro será a primeira-dama do país, ficou conhecida na campanha muito mais pelo seu silêncio  — ela aparecia em vídeos de Bolsonaro traduzindo para a linguagem de surdos-mudos o que ele falava. Da vida simples na periferia de Brasília, Michelle agora vive as gostosuras e o desconforto do poder. Após o atentado sofrido pelo marido, teve de se adequar a uma rotina muito diferente de tudo o que já tinha experimentado. Agora, até as caminhadas que faz no condomínio onde mora, na Barra da Tijuca, no Rio, são acompanhadas por um punhado de policiais federais.

Para os familiares, Mi, como a chamam, sempre foi a galhofeira da casa, onde ninguém tem ensino superior e o trabalho braçal é rotina. Já trabalhou como animadora de festas infantis, expositora de produtos em supermercados e pediu doações para a igreja em semáforos, vestida de palhaça. Nos fins de semana da infância, costumava juntar-se aos pais e aos dois irmãos, Eduardo e Diego, para vender agasalhos infantis em feiras, onde gostava de jogar conversa fora com os clientes. Era a própria família que confeccionava as peças. A turma armava bancas de lonas no Distrito Federal (Ceilândia), Goiás (Pedregal, Cidade Ocidental e Brasilinha) e Minas Gerais (Vazante). De agasalhos infantis, a produção, nos fundos da casa, passou a focar em roupas para cachorros. Hoje a família segue no ramo da confecção, mas agora produz camisetas para igrejas evangélicas.

ReproduçãoReproduçãoPaulo Negão com o genro famoso: planos de mudança para o interior de Goiás
Apesar da discrição de Michelle, o pai dela vez ou outra era citado por Bolsonaro. “Meu sogro é o Paulo Negão!”, disparava sempre que era acusado de racismo ou de não contemplar os nordestinos, e logo emendava que a família da mulher veio do Ceará e mora em Ceilândia, com mais de 500 mil habitantes, na periferia de Brasília. A alcunha de “Negão” causa estranhamento entre vizinhos e familiares. Vicente de Paulo é chamado de “seu Paulo”. Ele tem 63 anos e é aposentado. Quando dirigia ônibus nas cidades em volta da capital, saía de casa às cinco da manhã e voltava às duas da tarde. Aí, começava o trabalho com a malharia, já pensando nas feiras de sábado. A mulher, Maisa, costurava enquanto ele cuidava da serigrafia, a impressão de gravuras em tecidos.

Paulo divide com a filha famosa um sorriso muito parecido e a paixão pelo Flamengo. Na juventude, foi convidado para ser jogador profissional do Ceilândia Esporte Clube, uma agremiação local, mas declinou. Era lateral direito requisitado nos campos amadores de Brasília. Das peladas com motoristas do sindicato passou a figurinha certa no Minas Tênis, um clube de classe média da capital. A única viagem internacional que fez — precisou ser tranquilizado pela família do medo de avião — foi ao México, representando o clube. Uma lesão no joelho fez com que parasse de jogar. Paulo é tímido. Não olha nos olhos do interlocutor, embora mantenha sempre um leve sorriso no rosto. Abordado por Crusoé, ficou sem jeito quando foi perguntado sobre o presidente eleito. Pediu desculpas e foi logo se afastando. Disse que fora proibido de falar com a imprensa. Quando indagado se passaria a morar no palácio presidencial, como a sogra de Michel Temer o faz, fechou a cara e respondeu, irritado: “Sem comentários para isso daí”.

Paulo Negão não diz, mas planeja se mudar. Hoje ele mora a cinco minutos do Sol Nascente, a segunda maior favela do Brasil. Sua rua, que dá para uma avenida que costuma alagar nos períodos de chuva no Planalto Central, fica perigosa à noite. É frequentada por usuários de drogas. Mesmo de dia, ninguém dá bandeira por ali. Ao chegarem do trabalho, os moradores entram em casa rapidamente e qualquer cara diferente que aparece é vista com desconfiança. Bem em frente à casa do sogro de Bolsonaro, com muro amarelo e portões pretos que guardam um sedan de 2009, há um beco com entulhos, mato alto e cavalos de carroceiros. Paulo Negão não gosta da bagunça. Já organizou vaquinhas com os vizinhos para retirar o lixo dali, que por vezes vira fogueira e enche as casas de cinzas. O rubro-negro mais ilustre da vizinhança é elogiado por capinar, ele próprio, o matagal. O esforço é para melhorar um pouco o nível de segurança nas cercanias — a professora Rosemeire Saturnino, que mora lá há três décadas e cresceu com Michelle Bolsonaro, conta que no ano passado houve uma tentativa de estupro no beco.

Adriano Machado/CrusoéAdriano Machado/CrusoéA rua da família da primeira-dama, na periferia de Brasília: violência e estrutura precária
Se franze o cenho quando perguntado pelo repórter sobre a intenção de passar a morar no palácio, para os amigos Paulo Negão fala com mais tranquilidade de seus planos. Ele conta que quer se mudar para Caldas Novas, a terra das águas quentes encravada no interior de Goiás, a 320 quilômetros de Brasília. Apesar da vida modesta, ele tem uma casa de 200 metros quadrados em um condomínio na cidade. Arrematou o terreno nu no fim de 2016, por 38 mil reais. Hoje, uma casa pronta no mesmo condomínio, de 50 edificações simples e um tanto afastado do centro turístico, sai por cerca de 150 mil reais. Aos amigos, Paulo conta que mudar-se para “Caldas” é o seu sonho. Ele próprio ajudou os pedreiros nas obras da casa.

Paulo e Maisa são casados há 32 anos. Michelle Bolsonaro, hoje com 36 anos, é filha de Paulo. Sua mãe, Maria das Graças, também mora em Ceilândia, mas não é muito próxima da família. Eduardo, de 33 anos, é filho de Maisa, mas trata Paulo como pai. Diego, o mais novo, com 30 anos, é filho de ambos e funciona como o elo entre Michelle e Paulo Negão. É ele quem mantém contato mais próximo com a futura primeira-dama, quase sempre por mensagens de WhatsApp.

Diego já foi soldado da Aeronáutica e agora estuda educação física. Em 2011, defendeu Bolsonaro publicamente quando o cunhado ainda namorava sua irmã. “Ele nunca foi preconceituoso”, disse à imprensa na esteira de mais uma das polêmicas que tinham o então deputado como protagonista. Àquela altura, em um programa de televisão, a cantora Preta Gil perguntou a Bolsonaro o que ele faria se um de seus filhos namorasse uma mulher negra. “Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco porque meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambiente promíscuo como lamentavelmente é o teu”, respondeu o então deputado. Não demorou para que fosse acusado de racista. Bolsonaro então prometeu mostrar uma foto com um “cunhado negro”. Era Diego, que depois ainda deu a declaração a favor do agora presidente eleito.

Adriano Machado/CrusoéAdriano Machado/CrusoéEduardo, o cunhado que foi expulso do Uber e agora trabalha para a Cabify: sonho de entrar para a política
Dois anos depois, Jair Bolsonaro se casaria com Michelle (era o terceiro casamento dele). A cerimônia foi conduzida por Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que a futura primeira-dama frequentava. Foi nessa festa que Eduardo, o irmão do meio, conheceu sua atual esposa, uma amiga de Michelle. Eduardo é uma figura curiosa na família. Ex-motorista de Uber, ele se lançou candidato a deputado distrital nas últimas eleições pelo PRP, partido que tinha um general como candidato a governador. Apesar de apregoar em vídeos que era “cunhado do Bolsonaro”, foi um dos raros candidatos que não conseguiram surfar na onda do presidenciável. Teve 2.457 votos e não conquistou uma das 24 cadeiras na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Ele alega que não foi eleito muito por causa do atentado sofrido por Bolsonaro. “Depois da facada, pisamos no freio, por questões de segurança”, diz.

Na campanha, Eduardo prometia melhorar as condições de trabalho para motoristas de aplicativos. Hoje ele dirige para a Cabify e a 99. Saiu do Uber. “Eles disseram que eu tinha nota ruim, mas é mentira. É só porque eu reclamava publicamente das práticas da Uber”, afirma. Nas horas em que não está dirigindo pelas ruas de Brasília, Eduardo faz serviços como cinegrafista e fotógrafo em eventos. Carrega os materiais no porta-malas de um sedan preto com três anos de uso. Trabalha sempre de terno. Reclama de que o mercado de eventos está péssimo e cogita estudar para concurso. “Antes, eu falava: concurso que nada, eu ganho muito mais filmando. Agora, está feia a coisa”.

No auge da campanha, quando estava em cima do trio elétrico com Bolsonaro na Ceilândia, tentando ficar perto do cunhado, foi expulso por um policial. A ordem veio do xará Eduardo Bolsonaro, filho do capitão: “Desce! Desce!”. O meio irmão de Michelle não reclamou e desceu do trio. Dias depois, foi à Câmara dos Deputados e encontrou de novo o filho de Bolsonaro, que se desculpou: “A gente é parente, né? A gente é o quê? Cunhado?”. “Cunhado não, cunhado seria se você fosse o Jair”, respondeu o irmão de Michelle. “Ah, deve ser alguma coisa”, disse o filho do presidente eleito. A partir de janeiro, se tudo der certo, o Eduardo motorista pretende se aproximar ainda mais do Eduardo deputado, agora no Palácio da Alvorada, a convite da irmã famosa. Oportunidades não faltarão.

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  1. ótima matéria, gostei da forma simples e clara da apresentação. Como, gostei tbem de saber sobre a vida de pessoas que nos comandarão, pessoas simples mas de caráter.

  2. Quando li o trecho em que você cita o caso " Preta Gil e Bolsonaro" como se fosse verdade e não manipulada na época, parei de ler! Poucos são os jornalistas que entenderam que os tempos mudaram! Babaca!!!

  3. Crusoé, poderia por favor explicitar quais informações desta matéria são aproveitáveis? Fala-se de uma família tímida, humilde e trabalhadora, mas que tem uma casa de 200 m2 em Caldas Novas. E daí? Preveem irresponsavelmente que ao menos um dos irmãos da futura Primeira-Dama aproveitar-se-á da posição dela e do marido... Sinceramente, nada objetivo, nada prestável... Apenas perda de tempo.

  4. De um lado o retrato da maioria das famílias brasileiras, simples; e de outro, o da maior parte dos jornalistas brasileiros, ruins.

  5. Vcs sabem, de fato, debochar da vida simples que, de resto, vive a maioria da população do Brasil. Lamentável e inútil está matéria.

  6. Acabei de me tornar assinante da Crusoé, pelo fato de esta ser uma revista que se autointitula "imparcial". Mas lendo as matérias dessa edição da revista, estou começando a refletir se fiz certo ao assiná-la. Percebi nessa matéria, sobre a família da futura primeira-dama, que há uma parcialidade implícita quando menciona a fake news polêmica do CQC e quando deixa no ar, no fim da reportagem, um possível nepotismo que pode vir a acontecer. Equipe da Crusoé, espero não me arrepender da assinatura.

    1. Realmente, lamentável a Crusoé citar esta fake news do CQC. Decepcionante e ridículo, pareceu até matéria da Carta Capital.

    2. Além de debocharem da simplicidade da família de Michelle. Lamentável.

  7. Parabéns pela reportagem! Bom para conhecer um pouco das origem e história da família. Saber de onde vem, de suas origens, é importante para entender a formação do caráter de cada um.

  8. Mentira a afirmação sobre eventual casamento dos seus filhos com negras. Vejam a entrevista do Tas para o Rica Perone no YouTube. Edição tosca e criminosa

  9. Considero que traçar o "perfil" das pessoas ao redor do Bolsonaro se mostrara interessante daqui a alguns anos, quando compararmos a evolução patrimonial destas pessoas. Neste momento a matéria se mostra pouco relevante.

  10. Pessoal da revista Crusoé, limitem-se, por favor, a publicação de textos como esse; que na minha humilde opinião, não acrescenta em nada para nós assinantes. Sinceramente, não é esse o tipo de informação que desejo ler nas páginas da Crusoé. Esse, me parece um típico texto de revista de fofocas.

    1. Concordo plenamente! Não é pra ter esse trípode informação q assinei a revista.

  11. prezados, falar "surdo-mudo" é ofensivo e desrespeitoso. As pessoas que têm deficiência auditiva se chamam de "surdos" e simplesmente detestam (com razão) serem chamados de "mudos". Existem razões históricas e culturais pra isso (Hint: em inglês o termo equivalente seria deaf and dumb). Por favor, por respeito à comunidade surda, revejam e atualizem o texto.

  12. Eu gostaria que pudessem esclarecer esse episodio sobre a entrevista aa tal da Preta Gil. Eh verdade isso? Porque se for verdade eh gravissimo. Se for mentira, tambem gravissimo, mas para a reputacao do periodico. Eu tenho dificuldade em acreditar que qualquer pessoa normal, como parece ser o presidente eleito, dissesse uma coisa dessas.

    1. Realmente deixar passar essa armação do CQC como verdade é mais um erro da revista, fora o teor da matéria. Sem relevância alguma. Manter ela como fonte de comparação (sem pública-la no momento) tudo bem. Quero ver se daqui a 4 anos, se continuarem na mesma situação, a revista vai requentar a história.

    2. Foi uma edição do CQC. A pergunta dirigida foi sobre gays. Na edição inventaram essa pergunta sobre negros. Bolsonaro na época desafiou o CQC a mostrar a gravação e eles disseram que a fita foi apagada. O ruim é que o fato ainda se reproduz como nessa reportagem.

  13. Reportagem inútil. Típica de revistas de fofocas ou portais sem credibilidade como a uol. Crusoé “Ilha do Jornalismo”, por favor não nos decepcione!!!

  14. Reportagem maldosa e com quintas intenções, passando de uma calúnia sobre racismo para início de nepotismo. Se fosse pra ficar lendo notícias falsas eu teria assinado a folha.

    1. Por mais que eu também veja "intenções adicionais" na matéria, creio que é importante que seja, na medida exata, mantido algum "antagonismo", próprio de um jornalismo imparcial e independente.

  15. Crusoé! crusoé!!! tu toma jeito, desistimos da foice e adotamos você até então revista séria com a marca DCM- Diogo Mainardi, Cláudio Dantas e Mario Sabino.

  16. Pra fazer essas ilações existe a Folha SP, da qual estou saindo. Por favor, mais politica e menos fofoca. O Mário, dê um jeito nisso.

  17. Deprimente ver na Crusoé, uma reportagem aos padrões Folha de São Paulo, mentirosa, trazendo um fake news (história da Preta Gil) como um fato. Será que terei que desistir da assinatura de Crusoé pelos mesmos motivos que tenho asco da folha de são Paulo? corrijam essa porcaria.

  18. Reportagem maldosa. Um leitor desatento não enxerga as duas faces do autor do texto. Em primeiro lugar, tentou desconstruir o argumento que Bolsonaro usava pra se defender da acusação de racismo, deixando nas entrelinhas de que o Bolsonaro era o único que chamava o sogro de “Paulo Negão”. Depois disso expos a intimidade da família, com detalhes desnecessários. Entre uma frase e outra, descreveu a rotina de todos os familiares da primeira dama, até mesmo detalhesda casa onde moram.

  19. Atenção assinantes, essa matéria aparentemente inocente reproduziu uma Fake News do CQC com Preta Gil! A revista esqueceu o compromisso com a verdade e subestimou o nível de esclarecimento do seu leitor...

    1. Matéria tendenciosa em relação ao episódio envolvendo Bolsonaro e a Preta Gil. Bolsonaro já disse diversas vezes como foi o ocorrido e a maldade que fizeram com ele.

  20. Parabéns Eduardo Barreto !! excelente matéria. mostrou a simplicidade e a pessoa como o Bolsonaro digo..a sua excelência é; uma pessoa simples e honesta que gosta também de comer feijoada e um churrasquinho com a família de sua esposa Michele. Que bacana! Parabéns ao seu Paulo, pela educação exemplar que deu a nossa primeira dama; acredito fortemente que a simplicidade da nossa primeira dama é que dará e mostrará sempre o norte para o nosso presidente! Seja bem vinda Michele!!

  21. Nessa reportagem, dois pontos me chamaram a atenção: 1) o autor do texto cita aquele episódio do CQC entre o Bolsonaro e a Preta Gil, episódio esse que foi comprovadamente editado e em razão disso objeto de processo judicial. Uma assertiva mentirosa buscando reciclar velhas polêmicas. FAKE NEWS purinho; 2) Nas últimas linhas da matéria, ele (o repórter), sutilmente, tenta fazer uma insinuação de eventual "NEPOTISMO" - ou bem próximo disso - contra o BOLSONARO. Os GADELHAS estão se reproduzindo.

  22. Gente simples e trabalhadora. Vamos ver como estarão daqui a quatro anos. Não que eles tenham de permanecer assim, mas se ficarem milionários como os filhos e o sobrinho do presidiário...

    1. E esperar para conferir. Mas acho que não são da mesma laia que aqueles outros.

  23. Muito interessante que um mesmo texto gere entendimentos e interpretações tão contrárias. Enquanto alguns encontram no texto um certo desdém e preconceito em relação às condições simples da primeira-família, outros entendem o mesmo fato como sendo elogioso em relação a uma família humilde e batalhadora como milhares do Brasil real. Se o artigo permite, sob visão e intenção de cada leitor, essa diversidade de interpretação, entendo eu que está escrita de forma equilibrada.

  24. Não sei se o sentido da matéria foi elucidar a realidade da família para uma futura análise de mudança de padrão, e suas consequências?! Ficou meio nebulosa a intenção; e contextualizar a entrevista com a Preta?! Me senti uma leitora medíocre de um periódico de R$0,99. Não vi utilidade diante do perfil justificado pela Crusoé, o que me fez ser uma assinante, o de ser diferenciado, não apenas na abordagem mas principalmente na qualidade de conteúdo!

  25. A matéria é fraca. A chatice da sociedade humana é essa, os assuntos de salão. Até que, os eleitos sejam vistos como profissionais a serviço da nação, teremos que conviver com jornalistas que insistem em retratá-los como monarcas.

  26. Salve o engano, mas o trecho citado da entrevista com a Preta Gil no programa do CQC não foi desmentido pelo próprio Bolsonaro? Se eu não me equivoco a pergunta que havia sido feita para o Bolsonaro era outra e provocou aquela fala sobre “promiscuidade” e depois o que foi ao ar foi a pergunta da Preta Gil sobre a possibilidade de algum filho do Bolsonaro namorar com uma negra, inserindo então a resposta fora do contexto para retratar o Bolsonaro de maneira racista.

    1. Pelo que sei, o assunto era sobre homosexualidade e Preta Gil que não estava presente, fez uma pergunta sobre racismo via Skype. Bolsonaro não entendeu direito e respondeu como se o assunto continuasse sobre homosexualidade. A integra da resposta de Bolsonaro não deixa dúvida que ele não se referiu sobre racismo.

  27. Me senti decepcionada ao ler essa reportagem. Qual o propósito de se expor de forma tão crua, para não dizer maldosa, a simplicidade da família da Primeira Dama? Em grande medida o texto se assemelha aos de revistas de fofoca. Puro mau gosto.

  28. A LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002 reconhece a LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais) como meio legal de comunicação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. Desta forma, a fim de apenas contribuir com o brilhantismo das matérias da Crusoé, sugiro o uso da LIBRAS no lugar de linguagem de surdos-mudos.

  29. Vocês não estarem devidamente informados sobre o caso do video resposta à Preta Gil, é de um desgosto incomensurável. O caso já foi esclarecido, o bendito vídeo era editado, tirado completamente de contexto, pois a resposta foi tirada de outra pergunta e encaixada nessa. O CQC, quando cobrados do vídeo original, sem cortes, alegou não ter mais o mesmo, pois, supostamente, teriam perdido ele. Enfim, erros como esse, colocam em cheque a qualificação de certos integrantes da Crusoé.

  30. Com todo o respeito, não entendi o objetivo da matéria. No inicio me pareceu que o intuito era mostrar a origem humilde da primeira dama, depois caminhou para fofocas e especulações. Me lembrou do tipo de reportagem que saia na Caras.

    1. Tb fiquei na dúvida quanto a esta matéria. Crusoe Crusoe, vcs estão me decepcionando.

  31. Essa é uma história de gente simples - sem aquele verniz ideológico-messiânico típico dos petistas em relação às origens "divinas e predestinadas" do hóspede da PF em Curitiba - que compreende a esmagadora maioria das famílias brasileiras. Tem muita gente aqui, mais incomodada com o estilo que com o conteúdo da matéria. Gente chata!

  32. Espero que o novo governo resolva os problemas da periferia de Brasília. Há muita gente boa SEM AMPARO só poder público em questão básicas. Muito legal conhecer mais sobre a origem da Primeira Dama, caso onde VALORES DAS FAMÍLIAS são maiores que o ambiente de guerrilha que é Ceilândia e que sobrevive a falta de empregos e de políticas públicas.

    1. Talvez eu não esteja esclarecida, mas me fugiu o contexto essa matéria ... irrelevante? Descuidada? Trazendo o mesmo “blá” das outras revistas? Não foi esse tipo de notícia que me impulsionou a ser uma assinante de vcs. Espero que de fato leiam, as postagens.

  33. A falha, imperdoável, para uma matéria que tem a pretensão de ser séria sobre o episódio com a Preta Gil e o CQC me deixa a sensação de ter sido proposital. Lamentável.

  34. Gostei da matéria por que narra a proximidade de Bolsonaro (a ideia) com a população que anteriormente era eleitora incondicional do PT. Creio que o principal não está, propositalmente, escrito: a demonstração do processo de adesão popular a um novo ideário. O abandono de uma via que se apresentava como exclusiva representante dos mais pobres e que chafurdou miseravelmente em meio à lama da corrupção. Parabéns Eduardo Barreto pela sensibilidade jornalística.

  35. Gostei da matéria por que narra a proximidade de Bolsonaro (a ideia) com a população que anteriormente era eleitora incondicional do PT. Creio que o principal não está, propositalmente, escrito: a demonstração do processo de adesão popular a um novo ideário. O abandono de uma via que se apresentava como exclusiva representante dos mais pobres e que chafurdou miseravelmente em meio à lama da corrupção. Parabenizo Eduardo Barreto pela sensibilidade jornalística.

  36. Jornalista Eduardo, sabíamos que o presidente tinha na família e nos amigos alguma simplicidade social e cultural típica do povo brasileiro. Achei um pouco desnecessário o conteúdo. Estou preocupada com a saúde do presidente, com a nova cirurgia, achei ele pálido com olheiras e com uma agenda extensa. Está se alimentando? Quem cuida da bolsa? ganhou peso? Não podemos correr riscos. Eduardo esse assunto me parece mais interessante fica aqui uma idéia para sua futura pesquisa.

  37. Boa materia. Apresenta a familia da futura Primeira Dama. Pessoas simples, dignas. Faço votos que mantenham a integridade e dignidade, uma vez que certamente serão alvo de todo tipo de abutre do Poder. Deus proteja a todos.

  38. Não entendo pq tem tanta gente reclamando da matéria, eu achei sensacional! Uma visão ampla do dia a dia da família simples da primeira dama, muito bem escrita e rica em detalhes, certamente deu um puto trabalho levantar todas essas infos. E quem fala aqui é um Bolsominion, hein, rs.

    1. A Crusoé é ótima. Mas tem muito leitor que se acha dono da verdade.

  39. Acho que a Crusoé quer competir com a revista Caras... Que interesse alguém sério pode ter na vida da família do Presidente? Assinei para sair da mesmice e falta de inteligência dos outros meios de comunicação. Será que me enganei?

    1. Eu também queria uma revista diferente e por isso assinei. Mas também tenho me decepcionado muito com algumas matérias . Soou assinante desde a Edição Zero e fiz propaganda da revista para muita gente. Mas , estou repensando a assinatura. Ilha do jornalismo? Acho que revista pode melhorar. E torço para que isto aconteça. Afinal que fato, mesmo, foi barrado na reportagem????

  40. Excelente matéria para quem , como eu , não tem a mínima ideia sobre a vida privada do Bolsonaro. Há um toque melancólico no texto , talvez motivado pela vida simples e dura da família de Michelle. Gostei !

    1. À primeira vista pode parecer com matéria de revistas, como a 'Caras', mas há leituras várias nas entrelinhas. O inusitado é, no fundo, se tratar de gente trabalhadora, que continua ralando para viver, sem nenhum incentivo legal, como a maioria das pessoas fazem, trabalham honestamente!

  41. Boa matéria. Só faltou dizer que a resposta do Bolsonaro, à Preta Gil, foi editada e tirada contexto. Isso ficou provado, Bolsonaro pediu a fita original e o CQC disse que havia apagado.

    1. E esse era um “ detalhe” que não poderia ser esquecido!

    2. Exatamente. O conteúdo da resposta, dada por Bolsonaro, não corresponde à pergunta em questão, foi erro de edição.

  42. Achei o início interessante. Mas a parte da história da Preta Gil demonstra o desconhecimento de quem falou sobre o caso. Dizer que a resposta dele foi aquela é esta altura do campeonato é inadmissível. Isso já foi para a justiça, como o vídeo era editado (apresentava corte entre as perguntas e respostas) e a Band não tinha o vídeo original, o processo foi arquivado.

    1. Parei nessa parte da matéria. Me deu desgosto de ler o resto. Não é cabível, nessa altura do campeonato, não estarem devidamente informados sobre o caso.

  43. Essa matéria faz lembrar aquelas da revista Veja que dava o perfil dos eleitos e suas famílias. Só questiono se isso é jornalismo de ponta (uma ilha dentro do jornalismo) ou se é mais do mesmo? Interessa realmente ir bisbilhotar os parentes da futura primeira dama?

    1. Tá mais para Contigo, que para Crusoé. Mário, por favor, dá um jeito neste padrão de reportagem.

  44. Não compreendi bem a matéria... Há algo depreciativo no fato da família da primeira dama ser de origem humilde? Há algum demérito no fato do sogro do presidente mostrar-se reservado e pretender mudar para o interior de Goiás? Há algum demérito no cunhado do Presidente ter se candidatado a deputado distrital e não ter sido eleito? Ou de ser motorista? Ou ainda, de tentar mudar de vida? O fato de serem humildes não depõe contra eles, tampouco indica que serão desonestos. Artigo preconceituoso...

    1. Concordo! Qual é o propósito da matéria? Fofocar simplesmente, tal qual Caras e etc...? Ou revelar que as origens da primeira-dama não são iguais às da Rainha Elizabeth? E alguém achou que fosse? Eles são brasileiros como qualquer um de nós. Só esperamos que sejam honestos, patriotas, solidários e deixem o Presidente governar em paz!

    2. Luiz, peço licença para opinar. Gostei da matéria por que narra a proximidade de Bolsonaro (a ideia) com a população que anteriormente era eleitora incondicional do PT. Creio que o principal não está, propositalmente, escrito: a demonstração do processo de adesão popular a um novo ideário. O abandono de uma via que se apresentava como exclusiva representante dos mais pobres e que chafurdou miseravelmente em meio à lama da corrupção. Parabenizo Eduardo Barreto pela sensibilidade jornalística.

    3. Sim, já percebemos o elitismo da revista. Matérias depreciativas e preconceituosas. Crusoé se não cuidar morrerá pela boca

  45. Boa reportagem. Fico conhecendo um pouco da família da futura primeira-dama. Faltou dizer onde Bolsonaro a conheceu. Se não me engano ela trabalhava no gabinete dele.

    1. Parece que quando a conheceu trabalhava num gabinete de outro partido. Posteriormente, veio o convite para trabalhar no gabinete dele. Quando se casaram (?) ela passou a trabalhar noutro local, para evitar nepostismo. Informações divulgadas pela imprensa.

  46. Família a cara do Brasil. Mas MUITO cuidado: tornar-se os "L da Silva" será a tentação diária...e NÃO será tolerada pela inteligêcia. Ponto.Que sejam felizes , progridam...mas não roubem!

    1. Excelente a reportagem da família da Michelle Bolsonaro. Só assim para conhecermos a vida da família dela. Conhecendo essa realidade podemos dar mais valor ao novo Presidente e acabar com aquele discurso demagógico do Lula de exploração da pobreza.

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