Aras se cala sobre desembargador investigado que queria sua ajuda
O procurador-geral da República, Augusto Aras, não vai se pronunciar sobre a tentativa de um dos desembargadores investigados na Operação Faroeste de obter sua ajuda logo após descobrir que era alvo. Por meio de sua assessoria, Aras informou que não comentará o teor da reportagem publicada por Crusoé nesta segunda-feira, 2, que revelou o episódio....
O procurador-geral da República, Augusto Aras, não vai se pronunciar sobre a tentativa de um dos desembargadores investigados na Operação Faroeste de obter sua ajuda logo após descobrir que era alvo. Por meio de sua assessoria, Aras informou que não comentará o teor da reportagem publicada por Crusoé nesta segunda-feira, 2, que revelou o episódio.
O desembargador José Olegário Monção Caldas, do Tribunal de Justiça da Bahia, é um dos investigados por suspeita de participar de um esquema de venda de sentenças na corte. Como mostrou Crusoé, ao receber a PF em sua residência e ser informado da operação, o magistrado telefonou para um primo do procurador-geral da República, o advogado José Aras Neto, e perguntou se o PGR "poderia fazer alguma coisa".
A tentativa do magistrado de obter a ajuda de Aras foi registrada pela PF em um dos relatórios da operação. O documento aponta que, logo depois, o próprio desembargador se deu conta de que, àquela altura, a ajuda não seria possível. "Agora é tarde, não sei se ele poderia fazer alguma coisa, depois a gente vê isso", disse ele, segundo o relato dos policiais que presenciaram a cena. O relatório foi encaminhado ao ministro Og Fernandes, responsável pelos casos relacionados à Operação Faroeste no Superior Tribunal de Justiça.
José Aras Neto, o primo do PGR para quem o investigado telefonou, é sócio do escritório que leva o sobrenome da família de Augusto Aras -- o próprio procurador-geral integrava a sociedade até assumir o cargo. Em abril deste ano, José Aras foi indicado pela corte para ocupar uma das vagas de desembargador do TJ baiano destinadas a advogados. A lista tríplice foi encaminhada ao governador do estado, o petista Rui Costa, que ainda não decidiu se irá nomeá-lo. Procurado por Crusoé desde a noite desta segunda-feira, o advogado ainda não respondeu às tentativas de contato.
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Comentários (6)
Veronica
2019-12-03 19:20:49Imaginem, Aras está apenas no início da sua gestão, e já não tem reposta para tal palhaçada. Muito fraco esse PGR petista.
Dulce
2019-12-03 18:33:34Só leio comentários o Aras se omitiu, o Aras não compareceu, o Aras não se manifestou... Belo PGR o Bolsonaro escolheu, mostra bem a que veio.
Rodrigo
2019-12-03 16:23:13Péssimo sinal.
Aparecida
2019-12-03 16:05:43Aposto que não foi a vergonha que o fez calar, não dar explicações só piorou, dá pra avaliar como é a ética dos togados.
Brodowski
2019-12-03 14:11:04Nao confio nesse aras, como nao confio no todo. Aqui tudo se tornou problema para acreditar, as elites continuam sendo beneficiadas, os bandidos e os politicos.
Maria
2019-12-03 13:50:54Aras ou araras multicoloridas??? Bahia é dominada pelos vermelhos.