Bancos negam acusações feitas em delação de Palocci
Dois bancos citados na delação do ex-ministro Antonio Palocci (foto) à Polícia Federal, conforme informou a edição semanal de Crusoé, negaram as acusações de terem se beneficiado ilegalmente em troca de pagamentos de vantagens nos governos Lula e Dilma Rousseff. O Itaú Unibanco informou, em relação ao anexo da delação do ex-ministro sobre a disputa judicial com o...
Dois bancos citados na delação do ex-ministro Antonio Palocci (foto) à Polícia Federal, conforme informou a edição semanal de Crusoé, negaram as acusações de terem se beneficiado ilegalmente em troca de pagamentos de vantagens nos governos Lula e Dilma Rousseff.
O Itaú Unibanco informou, em relação ao anexo da delação do ex-ministro sobre a disputa judicial com o Multiplic, lamentar que Palocci tenha usado o nome do banco "indevidamente" para "tentar obter vantagens em acordos com a Justiça". Palocci afirmou à PF ter atuado para o governo apoiar o Unibanco, antes da fusão com o Itaú, no processo. Mas o Itaú Unibanco alegou que a ação foi encerrada em 2008 por um acordo entre as partes, após o banco ter sido condenado no Superior Tribunal de Justiça. No Supremo Tribunal Federal, acrescenta o comunicado da instituição financeira, o recurso do Unibanco foi indeferido por questões processuais.
Sobre as doações eleitorais que Palocci afirmou terem sido feitas para facilitar a fusão entre o Itaú e Unibanco, o banco diz que "doou montantes iguais aos candidatos que lideravam as pesquisas de opinião, conforme consta nos registros do TSE, o que deixa claro que não houve privilégio a qualquer um dos partidos".
O BTG Pactual também voltou a negar as acusações feitas por Palocci de ter se beneficiado do vazamento antecipado de mudanças da Selic, a taxa de juros determinada pelo Banco Central. A acusação levou a uma operação de busca e apreensão na sede da instituição na quinta-feira, 3, em São Paulo.
Em um comunicado, o BTG voltou a informar que o fundo alvo da operação Estrela Cadente era apenas administrado pelo banco. O BTG afirma que não tinha "poder de gestão ou participação" sobre o fundo.
Procurado por Crusoé, a Votorantim S/A informou que repudia "as especulações que teriam sido feitas pelo delator Antonio Palocci e, por razão de princípio, não se manifesta sobre vazamentos". O ex-ministro afirmou ter agido para livrar o banco de dificuldades financeiras.
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Comentários (10)
Luiz
2019-10-06 12:43:35Antônio Ermírio de Moraes sempre posou de ético e anticorrupção... Agora aparecem estas denúncias do Palocci contra o banco Votorantim, de suas empresas. Onde fica a ética, de uma pessoa que foi cotada até para ser candidato à presidente da República ? Pelo jeito era só fachada !
JOSE
2019-10-05 16:56:13O mais interessante de tudo é que todos os bandidos se dizem inocentes
Ricardo
2019-10-05 16:02:12Esses agiotas legalizados sabem muito bem que tudo que o Palocci contou é a pura verdade, ganham fortunas praticando com a prática criminosa de informação privilegiada, comprando linhas de crédito junto a bancos estatais, comprando sentenças judiciais e fazendo jogo de influência, a delação do Palocci mostrou o que todos desconfianças mas não acreditavam que seria possível tanta corrupção.
Ronaldo
2019-10-05 10:03:10Tal seria se os bancos admitissem. São farinha do mesmo saco, podre e de péssima qualidade.
Aguia
2019-10-05 09:10:20NOSSA!!!...Os Bancos NEGARAM!? Kkk
Jose
2019-10-05 08:39:55Devem ser Bradesco e Itaú. Bom motivo para auditar esses bancos por um banco americano confiável. Ñ vai sobrar um tostão nos cofres.
Joao Fenoglio
2019-10-05 08:18:47Quem admite culpa, lula, dirma, greisi, fhc, renan, collor, tofoli, mendes kkk
Romero
2019-10-05 00:50:21Os abutres(bancos) , sempre negam tudo.
Edna
2019-10-04 21:27:42NÃO SERIA O CASO DE INVESTIGAR O BANCO CENTRAL TAMBÉM ? SÃO DUAS PONTAS , E O BC PARECE SER ´´ DIVINO, INTOCÁVEL´´. NÃO É OBRIGAÇÃO DO BC VIGIAR OS NEGÓCIOS DOS BANCOS ?
JairJJA
2019-10-04 19:29:18Tudo santo, todos acima do bem e do mal. Já pensaram no potencial de faturamento que essas instituições tem com informações privilegiadas recebidas de governantes inescrupulosos? Só olhar o tamanho do lucro deles!