Prefeitura de SP cancela contrato com a Sustenidos
Empresa se recusou a demitir funcionário, após publicação sobre o assassinato do americano Charlie Kirk

A Prefeitura de São Paulo cancelou o contrato com a organização Sustenidos, que administra o Theatro Municipal, em São Paulo.
Uma nova empresa deve ser contratada, segundo a Secretaria de Comunicação da prefeitura.
"A Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa e a Fundação Theatro Municipal informam que receberam nesta sexta-feira, 19, um ofício do Tribunal de Contas do Município dando prazo de 48 horas para informar sobre a abertura de chamamento público para a contratação de nova organização social para a gestão do Complexo Theatro Municipal", afirmou a Secretaria, em resposta a um pedido de Crusoé.
"O município conduz o processo de rescisão do contrato com a atual gestora em conformidade com a legislação e as normas administrativa", diz a mensagem.
Charlie Kirk
O motivo provável é que a Sustenidos não teria demitido o funcionário Pedro Guida, mesmo após um pedido feito pelo Theatro Municipal.
No Instagram, Pedro Guida, que faz gestão de elenco para o Theatro Municipal, compartilhou um vídeo de um influenciador dizendo que o americano Charlie Kirk mereceu morrer porque era nazista.
O movimento pela demissão de Pedro Guida começou após uma publicação do cineasta e escritor Josias Teófilo no X, em 12 de setembro.
"Pedro Guida, que faz gestão de elenco para o Theatro Municipal de São Paulo sob gestão da Sustenidos, acabou de compartilhar um vídeo dizendo que Charlie Kirk mereceu morrer porque era um nazista. Sabe quem paga o salário desse cara? Nós, os contribuintes. Obrigado mais uma vez, prefeito Ricardo Nunes, por manter essas pessoas na gestão do Theatro Municipal", escreveu Teófilo.
Mais tarde, no Instagram, Pedro Guida tentou se desculpar.
"Um compartilhamento meu em um story gerou uma impressão totalmente equivocada sobre os meus valores e o que eu defendo. De forma nenhuma eu comemoraria a morte de alguém, muito menos por forma violenta, tendo eu mesmo já perdido parentes e amigos em situações de violência", escreveu Guida.
"Entendo agora que o vídeo compartilhado dava uma impressão ambígua, pois misturava um debate sobre a morte dele com uma lista de valores que ele defendia, dos quais eu discordo, como defesa do porte de armas, declarações de que mulheres não deveriam ter uma carreira, declarações de que uma juíza negra na Suprema Corte está lá apenas por ser negra, sendo que ela tem um currículo incontestável, declarações de que a cultura ocidental é superior a outras culturas, declarações de frases ligadas ao movimento nazista, entre outros", escreveu o funcionário da Sustenidos.
Leia em Crusoé: Censura extrema
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