Todos os inimigos de Putin que já 'caíram da janela'
A lista de pessoas ligadas a Putin que caíram dessas instáveis e traiçoeiras aberturas nas paredes já chega a 18, conforme levantamento

Desde que Vladimir Putin assumiu o poder na Rússia, muitas pessoas que o desagradaram tiveram fins nefastos. Vários foram envenenados, outros sofreram estranhos acidentes, outros muitos se suicidaram, mas também teve que tropeçasse em uma caminhada a beira de precipício etc.
Também teve gente que morreu porque seu cigarro incendiou seu apartamento, atropelamentos, espancamentos, afogamentos, quedas de helicóptero, aviões explodidos, queda de navio de cruzeiro, exposição a material radioativo, e isso dentro e fora do território russo.
Há casos emblemáticos, como o do ativista anti-guerra Anatoly Beryozikov, que teve costelas quebradas e hematomas causados por arma de choque, mas foi considerado suicídio, e o do coronel Vadim Boyko morreu de "suicídio" depois de dar 5 tiros em seu próprio peito.
Existem relatos na imprensa onde não só a pessoa-alvo morre, como também sua família é eliminada, seja na forma de uma clara matança por terceiros, seja parecendo que o próprio 'suicida' tenha tido um surto e aniquilados seus parentes antes de tirar a própria vida.
Só que uma das modalidades mais recorrentes de estranhos falecimentos de pessoas ligadas direta ou indiretamente ao poder russo, é a queda de janelas. Na sexta-feira, 4 de julho, mais uma vítima dessa recorrente forma de acidente engrossou a lista.
Tratava-se de Andrey Badalov, vice-presidente da Transneft, importante indústria petrolífera russa. Com isso, a lista de pessoas que caíram dessas instáveis e traiçoeiras aberturas nas paredes já chega a 18, conforme o levantamento abaixo:
- Ivan Safronov: Jornalista investigativo que apurava vendas de armas russas, potencialmente expondo corrupção ligada ao Kremlin.
- Olga Kotovskaya: Radialista independente que criticava o governo, desafiando a narrativa oficial de Putin.
- Maxim Borodin: Jornalista que investigava mercenários russos na Síria, revelando operações sensíveis do governo.
- Natalia Lebedeva: Médica-chefe que criticou publicamente a má gestão da resposta à COVID-19 pelo governo russo.
- Yelena Nepomnyashchaya: Médica que denunciou deficiências na resposta à pandemia, contrariando a propaganda estatal.
- Yegor Prosvirnin: Blogueiro nacionalista que, apesar de alinhado em alguns aspectos, criticava abertamente o governo de Putin.
- Dan Rapoport: Empresário exilado e crítico vocal do regime de Putin, especialmente após a invasão da Ucrânia.
- Ravil Maganov: Presidente da Lukoil, cuja empresa criticou a guerra na Ucrânia, desafiando a linha de Putin.
- Marina Yankina: Chefe de finanças do Distrito Militar Ocidental, possivelmente ciente de irregularidades financeiras sensíveis.
- Artyom Bartenev: Juiz federal que pode ter lidado com casos contrários aos interesses do Kremlin.
- Kristina Baikova: Vice-presidente de banco, potencialmente envolvida em transações financeiras que desagradaram elites ligadas a Putin.
- Natalia Larina: Ex-juíza que poderia ter conhecimento de processos judiciais sensíveis ao governo.
- Dzianis Sidarenka: Embaixador bielorrusso com laços com a Rússia, possivelmente em conflito com interesses de Putin.
- Valentina Bondarenko: Economista que pode ter tido acesso a informações financeiras comprometedoras para o regime.
- Mikhail Rogachev: Ex-vice-presidente da Yukos, empresa que enfrentou repressão estatal sob Putin.
- Vladimir Shklyarov: Bailarino que, por sua visibilidade, pode ter expressado críticas ou se envolvido em controvérsias.
- Vadim Stroykin: Músico cuja morte pode estar ligada a críticas culturais ou políticas ao regime.
- Andrey Badalov: Vice-presidente da petrolífera russa Transneft.
- E aqui vale uma observação importante: as conexões e motivos dessas 18 fatalidades são baseadas em relatórios públicos e especulações, já que as autoridades russas classificam essas mortes como acidentes ou suicídios.
Por fim, a ligação direta dessas ocorrências com Vladimir Putin, naturalmente também permanece não comprovada.
De toda forma, justamente por serem controversas e causarem estranhamento público, essas mortes passam um claro e importante recado aos inimigos ou ainda amigos do poder: não cruze a linha, ou você poderá ser o próximo.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)