Morales sai em defesa do aiatolá Khamenei
Ex-presidente boliviano reagiu ao comentário de Trump sobre o líder supremo do Irã

O ex-presidente da Bolívia Evo Morales saiu em defesa do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, após Donald Trump enviar um recado ao chefe do regime de Teerã.
"Condenamos as ameaças feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra a vida do Líder Supremo da República Islâmica do Irã, Aiatolá Khamenei. Nossa solidariedade ao povo e ao governo do Irã. Os Estados Unidos insistem em alimentar guerras e mortes em todo o mundo. As pessoas querem paz com justiça social", escreveu o cocalero no X.
Na rede social Truth Social, Trump disse saber "onde o chamado 'líder supremo' está escondido" e cobrou uma rendição incondicional do Irã.
"Sabemos exatamente onde o chamado ‘líder supremo’ está escondido. Ele é um alvo fácil, mas está seguro lá. Não vamos matá-lo (matá-lo!), pelo menos não por enquanto. Mas não queremos mísseis disparados contra civis ou soldados americanos. Nossa paciência está se esgotando. Agradecemos a sua atenção a este assunto!”, escreveu Trump na rede Truth Social.
“Rendição incondicional”, completou.
Durante o seu mandato, entre 2006 e 2019, a Bolívia estreitou laços diplomáticos com o Irã.
Os dois países firmaram acordos em setores de energia e agricultura.
Declínio de Morales
O comentário de Morales, porém, ocorre em meio ao seu declínio pessoal e político na Bolívia.
No último mês, o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Bolívia confirmou a participação de dez candidatos nas eleições presidenciais marcadas para 17 de agosto, sem a presença de Morales.
A candidatura do cocalero foi oficialmente rejeitada.
Ele tentou registrar sua candidatura através do Partido de Ação Nacional Boliviano (Pan-Bol), sigla sem status legal desde o início do mês, após não alcançar 3% dos votos na eleição de 2020.
Com medo de ser preso, o ex-presidente não sai da região do Trópico de Cochabamba desde outubro do ano passado.
Morales conta com a proteção de plantadores de coca, base de sua influência política e sindical.
No ano passado, o Ministério Público boliviano emitiu uma ordem de captura por abuso de uma menor durante seu mandato.
Ele foi acusado de ter tido um filho com uma adolescente em 2017. Ela tinha entre 14 e 16 anos na ocasião.
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