Na Páscoa, ucranianos lembram de crianças sequestradas
"Até que as crianças ucranianas roubadas pela Rússia sejam devolvidas, esta guerra não pode ser considerada verdadeiramente encerrada", escreveu Zelensky

Autoridades ucranianas e de outros países da Europa iniciaram esta semana, uma campanha pedindo que as cerca de 20 mil crianças ucranianas sequestradas pela Rússia voltem para suas casas.
Vários líderes, incluindo o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky (foto), publicaram imagens vestindo um moletom azul e as palavras "Milhares de crianças sequestradas da Ucrânia. Vamos trazê-las de volta [Brink Kids Back] ".
"Ontem [dia 17], nossa iniciativa Bring Kids Back UA lançou uma nova campanha – uma que, agora, reúne pessoas muito diferentes por meio de uma emoção profundamente justa e um propósito absolutamente essencial. Pouco antes da Páscoa — um feriado familiar — estamos lembrando ao mundo que, até que as crianças ucranianas roubadas pela Rússia sejam devolvidas, esta guerra não pode ser considerada verdadeiramente encerrada", escreveu Zelensky em uma publicação no X nesta sexta, 18.
"Precisamos de paz de verdade. E vamos alcançá-la. Todos precisam de justiça. E ela precisa ser alcançada. Obrigado a todos que apoiam a Ucrânia", escreveu Zelensky.
O chefe de gabinete de Zelensky, Andriy Yermak, publicou um texto semelhante: "Nesta Páscoa, pedimos: lembre-se das crianças ucranianas que ainda permanecem em cativeiro russo. Elas têm que voltar para casa. Sem exceções ou condições".
Franco, Videla e Putin
Em março de 2023, o Tribunal Penal Internacional (TPI), emitiu uma ordem de prisão de Putin pelo sequestro de crianças.
Ao longo de um século, três ditadores cometeram o mesmo e bárbaro crime: o sequestro de bebês e crianças.
O fascista espanhol Francisco Franco, o ditador argentino Jorge Rafael Videla e o russo Putin afastaram meninos e meninas de seus pais e os encaminharam para orfanatos ou para outras famílias, que eles consideravam mais dignas.
Fizeram isso porque entendiam que os pais autênticos não mereciam a vida ou criar os próprios filhos, porque não se importavam em atemorizar e lobomotizar os pequenos ou simplesmente porque achavam que seus compatriotas "de bem" poderiam se apossar livremente dos espólios humanos das guerras que eles próprios deflagraram.
Leia em Crusoé: Franco, Videla e Putin: os ladrões de crianças
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