"Me enoja", diz ex-ministro britânico sobre atitude de Trump com Putin
"Essa falta de clareza moral é completamente desmoralizante para o resto do mundo democrático", afirmou Grant Shapps ao podcast One Decision

O ex-ministro da Defesa do Reino Unido, Grant Shapps, disse ficar "enojado" com a atitude do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à Rússia e ao ditador Vladimir Putin.
"Tudo o que alguém precisa que Putin faça é sair de um país vizinho democrático", disse Shapps ao podcast One Decision.
"E eu simplesmente tenho que [colocar] isso no registro: me enoja, me sinto enojado [pela] ideia de que o líder do mundo livre não consegue distinguir a diferença entre o ditador que prende e assassina seus oponentes e invade países democráticos inocentes e o próprio país que foi invadido", acrescentou.
"Essa falta de clareza moral é completamente desmoralizante para o resto do mundo democrático", continuou.
Depois de ocupar diversos cargos em gabinetes conservadores, Shapps se tornou ministro da Defesa do Reino Unido em agosto de 2023.
No posto até julho de 2024, quando perdeu a cadeira no Parlamento britânico, ele foi um ator fundamental na manutenção do apoio internacional à Ucrânia.
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Trump prefere culpar Biden e Zelensky pela guerra
Pressionado após o ataque russo que matou civis na cidade ucraniana de Sumy durante as celebrações do Domingo de Ramos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, resolveu virar suas baterias contra o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o ex-presidente americano Joe Biden.
O Antagonista destacou o silêncio de Trump — e também de Lula — sobre o ataque no domingo, 13. Quando resolveu falar sobre o tema, o republicano optou por poupar Vladimir Putin.
“A guerra entre a Rússia e a Ucrânia é uma guerra de Biden, não minha. Acabei de chegar aqui e, durante quatro anos do meu mandato, não tive problemas em impedir que acontecesse”, reclamou Trump em sua rede social, Truth Social.
“O presidente Putin e todos os outros respeitam o seu presidente!”, disse o republicano, referindo-se ao seu eleitorado. “EU NÃO TIVE NADA A VER COM ESTA GUERRA, MAS ESTOU TRABALHANDO DILIGENTEMENTE PARA PARAR A MORTE E A DESTRUIÇÃO”, seguiu Trump, destacando o próprio texto.
“Se a eleição presidencial de 2020 não tivesse sido fraudada, e foi, de tantas maneiras, aquela guerra horrível nunca teria acontecido. O presidente Zelensky e o corrupto Joe Biden fizeram um trabalho absolutamente horrível ao permitir que essa farsa começasse. Havia tantas maneiras de impedir que ela começasse. Mas isso é passado. Agora temos que fazer isso PARAR, E RÁPIDO. TÃO TRISTE!”, finalizou Trump.
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