O "candidato Pokémon" da Bolívia
Manfred Rayes Villa recorreu ao Pokémon para fazer publicação nas redes sociais sobre sua candidatura à presidência

O ex-prefeito de Cochabamba Manfred Rayes Villa lançou sua candidatura à Presidência da Bolívia contra o grupo do atual presidente, Luis Arce, do partido Movimento ao Socialismo (MAS).
Candidato pelo Nueva Fuerza Republicana, o político postou uma imagem na qual se autodenomina um "político por convicção, treinador de Pokémon por coração".
Na imagem, o ex-prefeito aparece segurando uma pokebola, ao lado de quatro personagens do desenho.
Villa quer aproximar-se do público mais jovem.
Enquanto prefeito, ele promoveu encontro de caçadores de Pokémon na cidade.
Nas redes sociais, o candidato tem criticado com veemência as ações de Arce.
"Festejamos desde Oruro até Santa Cruz. Este é o último Carnaval do MAS", escreveu.
Morales muda de partido
Depois de 30 anos, o ex-presidente Evo Morales deixou a liderança do partido Movimento ao Socialismo (MAS) e filiou-se ao Frente para la Victoria (FPV) — mesmo nome da agremiação de Cristina Kirchner, na Argentina.
Segundo o cocalero, a intenção é concorrer pelo novo grupo como "candidato único" à Presidência na eleição de 17 de agosto.
Morales, porém, está proibido de concorrer as eleições.
A justiça boliviana já determinou que o ex-presidente está proibido de participar da corrida eleitoral.
Em dezembro do ano passado, Morales foi convocado para comparecer a um julgamento na região de Tarija, onde seria julgado por acusação de pessoas.
Ele é alvo de sete denúncias de abuso de menores na região de Cochabamba.
Com medo de ser preso, o cocalero não sai da região do Trópico de Cochabamba desde outubro, onde conta com a proteção de plantadores de coca, base de sua influência política e sindical.
Saída do MAS
Em novembro do ano passado, Morales deixou de ser presidente do MAS desde que a ala apoiadora do atual presidente da Bolívia, Luis Arce, elegeu Grover García como líder do partido governista.
O Tribunal Eleitoral da Bolívia reconheceu García como novo chefe do MAS.
Na ocasião, o ex-presidente da Bolívia Carlos Mesa declarou que Morales “não tem direito constitucional de ser candidato:
“Ele precisa entender que o tempo dele acabou e que, além disso, precisa responder as acusações que não são de natureza política. Elas são mais graves, de natureza moral, e que ainda em que ser julgado. Ele tem que aceitar a acusação e enfrentá-la com coragem, se ainda tiver“, afirmou o ex-presidente.
Há anos, a sigla enfrenta disputas internas de poder.
A mais significativa foi quando houve o rompimento entre Arce e Morales.
Leia mais: "Evo Morales anuncia filiação a partido para tentar candidatura"
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