Turismo em Cuba cai para metade. E a culpa não é dos EUA
Relatório "Cuba Siglo 21" elenca motivos que fazem os viajantes escolherem outros destinos no Caribe que não sejam a ditadura cubana
O turismo na ditadura de Cuba, historicamente uma das principais fontes de arrecadação do regime, recebeu apenas 1,7 milhão de viajantes no meses entre janeiro a outubro de 2024, o que representa uma queda de 48,23% em comparação ao período anterior à pandemia de Covid-19.
Segundo um relatório do "Cuba Siglo 21: a locomotiva da economia cubana descarrilou", as principais razões pelas quais os turistas têm evitado viajar para o país são a falta de infraestrutura do regime cubana, as posições em relação à política externa, falta de qualidade dos serviços prestados e maior centralização de poder da ditadura.
O estudo indica ainda a influência da centralização da GAESA (Grupo de Administração de Empresas S.A) priorizando os investimentos no turismo, mas negligenciando as atenções aos setores como energia, transporte e agricultura.
A taxa de ocupação hoteleira registrou uma queda de 25%, enquanto as receitas decorrentes do setor tiveram redução de 61,82% em cinco anos. O relatório aponta uma diferença de US$ 2 milhões.
Culpa dos EUA?
Os americanos representam a maior queda no número de visitantes na ilha de Cuba. A diminuição chegou a 73,93%.
Não apenas os visitantes dos Estados Unidos, porém, deixaram de viajar para o regime.
Os canadenses, que representam 39,41% do total, diminuíram 19,15% em comparação a 2019.
Entre os cubanos residentes de países estrangeiros, a redução supera os 52%.
Já entre europeus, mercados como Reino Unido, Itália e França registraram reduções superiores a 70%.
Para onde vão os turistas
Segundo o relatório, o colapso estrutural em Cuba fez com que os turistas escolhessem viajar para outros países caribenhos.
Os responsáveis pelo estudo apontam que o regime precisará de melhorias nos serviços energéticos, segurança sanitária e criar um ambiente favorável para visita estrangeira.
Apesar do Itamaraty endossar a opinião de que "os embargos econômicos impostos pelos Estados Unidos" são responsáveis pela "situação de emergência energética em Cuba", o cenário aponta para uma crise maior do que uma sanção.
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