Joe Biden, o presidente que não vai entrar para a História
O democrata americano não deixará nenhum legado na economia, na defesa da democracia, nas guerras e muito menos na Suprema Corte
Com o mandato do presidente americano Joe Biden (foto) chegando ao fim, é hora de pensar em qual será o seu legado.
O democrata, porém, não deixará nada para trás quando se despedir da Casa Branca, em janeiro.
Economia
Biden tinha esperanças de ajudar a retomada da economia americana após a pandemia de Covid e a presidência de Donald Trump.
Seu mandato começou com propostas de gastar trilhões de dólares em pacotes de incentivo.
Mas nem os gastos foram executados, nem a população sentiu alguma melhora.
Kamala Harris, aliás, perdeu a eleição desta terça, 5, para Donald Trump porque dois terços dos americanos consideram que a própria situação estava melhor há quatro anos.
Democracia
Outro tema caro a Joe Biden foi a defesa da democracia.
Em seu discurso de posse, dias após a invasão do Capitólio por apoiadores de Trump, ele falou: "Hoje nós celebramos o triunfo não de um candidato, mas de uma causa, a democracia".
"A democracia é frágil. E, neste momento, meus amigos, a democracia prevaleceu", disse Biden.
Por uma artimanha do destino, Trump voltará à Casa Branca em janeiro do ano que vem, após derrotar a democrata Kamala Harris no total de votos e no Colégio Eleitoral.
E vale lembrar ainda que Kamala só conseguiu virar a candidata depois de muita briga para que Joe Biden desistisse da corrida, apesar dos sinais visíveis de que estava velho demais para mais quatro anos no poder. Ele está com 81 anos agora.
Guerras
Ao se tornar presidente, Biden colocou em prática um antigo desejo seu: retirar os Estados Unidos do Afeganistão.
Mas a retirada das tropas foi tão atrapalhada que 13 americanos morreram.
Outros 170 afegãos morreram, alguns deles tentando desesperadamente se segurar na cauda de um dos últimos aviões que decolavam de Cabul.
Na Ucrânia, nem toda ajuda americana e europeia conseguiu expulsar os soldados russos.
Em Israel, o governo de Benjamin Netanyahu ignorou diversas reclamações do governo Biden. E foi graças a isso, aliás, que Israel alcançou alguns objetivos, como a eliminação do terrorista Yahya Sinwar, do Hamas.
Imigração
Biden prometeu que iria controlar a entrada de imigrantes ilegais e nomeou Kamala Harris para ser a sua "czar da fronteira". O fluxo de imigrantes foi recorde.
Suprema Corte
Em julho deste ano, Biden publicou um artigo no jornal Washington Post com propostas para reformar a Suprema Corte.
Foi solenemente ignorado.
Presidente tampão
Se um dia entrar para a História, Biden será considerado como aquele presidente tampão que governou os Estados Unidos entre dois mandatos de Donald Trump.
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