Posse no México terá Lula, ditadores e populismo pueril
Lista de convidados para posse de Claudia Sheinbaum inclui Maduro, Díaz-Canel, Daniel Ortega e Vladimir Putin
A lista de convidados para a posse de Claudia Sheinbaum, na Cidade do México, nesta terça, 1º de outubro, é um péssimo presságio para os mexicanos que prezam pela democracia.
Claudia, que é do mesmo partido de Andrés Manuel López Obrador, o Morena, convidou três ditadores latino-americanos para sua cerimônia de inauguração.
O ditador cubano Miguel Díaz-Canel foi um dos primeiros a chegar ao México ainda neste domingo, 29, assim como o presidente Lula e a primeira-dama Janja (foto).
O cubano tem grande interesse no México, pois, sob o governo de López Obrador, o México recebeu milhares de médicos cubanos, em um programa semelhante ao Mais Médicos no Brasil. Essas missões no exterior são a principal fonte de recursos da ditadura comunista na ilha.
O venezuelano Nicolás Maduro também está na lista dos convidados. Ele foi um dos que mais comemorou a vitória de Claudia, em junho, pedindo que o México criasse "uma alternativa à direita e ao neoliberalismo".
O nicaraguense Daniel Ortega foi convidado, mas deve dar o cano. Paranoico, o nicaraguense raramente deixa o seu país, com medo de ser deposto.
Vladimir Putin também foi convidado e não irá. O ditador russo tem um mandado de prisão em seu nome, expedido pelo Tribunal Penal Internacional, o TPI.
Quem não irá para a posse de Claudia Sheinbaum
O rei espanhol Felipe VI não foi convidado.
Figura carimbada em diversas posses presidenciais na América Latina, o monarca da Espanha ficou de fora da lista desta vez por um motivo banal: o rei se recusou a pedir desculpas pela colonização espanhola.
Em um vídeo divulgado em 2019, o presidente Obrador disse que tinha mandado cartas ao rei Felipe e ao papa Francisco, solicitando que eles pedissem perdão pela conquista espanhola das Américas. "O certo é que foi uma invasão e que foram cometidas muitas arbitrariedades", disse o presidente.
"Mandei uma carta ao rei da Espanha e outra ao papa para que façam um relato dos fatos e que peçam perdão aos povos originários pelas violações, que agora se conhecem como direitos humanos. Ocorreram matanças... imposições... a chamada Conquista. Isso foi feito com a espada e com a cruz. Construíram as igrejas por cima dos templos", disse López Obrador.
Obrador, contudo, tem sobrenomes espanhóis e pele clara.
Ele é descendente justamente dos homens que deixaram a Espanha para conquistar os povos da América.
Em 2021, o papa Francisco entrou no jogo de Obrador e pediu "perdão por todos os pecados pessoais e sociais, por todas as ações e omissões que não contribuíram para a evangelização".
O rei espanhol preferiu não dar ouvidos para o populismo infantil do mexicano.
Leia em Crusoé: Lula vai testemunhar a destruição da democracia no México
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