Deadpool e Wolverine seguirá para maiores, decide Ministério da Justiça
O Ministério da Justiça negou um recurso da distribuidora brasileira do filme "Deadpool e Wolverine" e manteve a classificação indicativa do filme para "não recomendado para menores de 18 (dezoito) anos", a mais restrita possível. A decisão foi publicada nesta sexta-feira, 26, no Diário Oficial da União. A alegação da pasta, que analisou um pedido...
O Ministério da Justiça negou um recurso da distribuidora brasileira do filme "Deadpool e Wolverine" e manteve a classificação indicativa do filme para "não recomendado para menores de 18 (dezoito) anos", a mais restrita possível. A decisão foi publicada nesta sexta-feira, 26, no Diário Oficial da União.
A alegação da pasta, que analisou um pedido de reconsideração dos produtores do filme, é que a obra contém, entre outros assuntos sensíveis, cenas com morte intencional, mutilação, "violência gratuita ou banalização da violência", crueldade e apologia ao uso de droga ilícita. As duas últimas, inclusive, são critérios para tornar o filme não recomendado para maiores de 18 anos.
O MJSP reitera, na portaria que justifica sua decisão, que a classificação "preserva tanto a liberdade de expressão, como a proteção de crianças e adolescentes, quanto a exibição de conteúdos inadequados ao seu desenvolvimento psíquico."
"O eixo de violência apresenta grande impacto imagético, aplicando-se a ele as agravantes de frequência, motivação, relevância, composição de cena, valorização de conteúdo negativo e banalização", continua a pasta. A classificação é meramente indicativa, não devendo proibir que menores de idade assistam o filme se quiserem,
O filme, lançado nesta quinta-feira, 25, é uma continuação da série de filmes envolvendo o vilão da Marvel. O mercenário, desta vez, se une a Wolverine, o principal protagonista dos X-Men. Como é comum em filmes de super-herói, a aliança dos dois é improvável, mas ambos acabam unindo forças contra um inimigo em comum.
De tempos em tempos, o CPCind revê a classificação de novelas já exibidas há décadas pela TV Globo — e que são reprisadas, ora no canal Viva ou pelo serviço de streaming Globoplay. No ano passado, novelas como "A próxima Vítima", "A viagem" e "Mulheres de Areia" tiveram suas classificações revistas. A última, inclusive, foi alterada quando ainda estava no ar, mas a Globo ignorou as recomendações.
Como contamos na edição semanal da Crusoé, a revisão de obras antigas pela classificação indicativa coloca sob os olhos desta décadas obras tão antigas quanto Titanic (1997) e Branca de Neve e os Sete Anões (1938), e testam os limites da liberdade de expressão garantida na Constituição de 1988.
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