Milei compra briga com presidente da Bolívia por "falsa denúncia de golpe"
O presidente Javier Milei, da Argentina, comprou uma nova briga com outro chefe de Estado da Amércia do Sul, desta vez, o mandatário da Bolívia, Luis Arce. A Casa Rosada emitiu um comunicado na noite de domingo, 30 de junho, que "repudia a falsa acusação de golpe de Estado feita pelo governo boliviano na quarta-feira,...
O presidente Javier Milei, da Argentina, comprou uma nova briga com outro chefe de Estado da Amércia do Sul, desta vez, o mandatário da Bolívia, Luis Arce.
A Casa Rosada emitiu um comunicado na noite de domingo, 30 de junho, que "repudia a falsa acusação de golpe de Estado feita pelo governo boliviano na quarta-feira, 26 de junho", em referência ao cerco militar ao palácio presidencial por menos de cinco horas na tarde daquele dia.
Em resposta, La Paz convocou seu embaixador em Buenos Aires para prestar esclarecimentos ainda nesta segunda-feira, 1º de julho.
"Graças aos relatórios de inteligência, o Governo Nacional manteve a calma e a serenidade face aos acontecimentos relatados. A divulgação da história foi pouco crível e os argumentos não se enquadravam no contexto sócio-político do país latino-americano. O partido político no poder controla o Poder Legislativo, o Poder Judiciário, o Poder Executivo e as Forças Armadas", diz a nota do governo argentino.
A Casa Rosada também afirmou que existem mais de 200 "presos políticos" na Bolívia, incluindo a ex-presidente interina Jeanine Chávez, que assumiu o governo com a renúncia de Evo Morales em 2019.
Desafeto de Arce, Evo também tem ecoado as declarações de que o episódio da quarta, que La Paz chama de tentativa de golpe de Estado, poderia ter sido uma encenação.
"No seu primeiro pronunciamento, o general Juan José Zuñiga, na Plaza Murillo, afirmou que entraria no Palácio para pedir ao presidente Luis Arce que mudasse de gabinete, porque não o apoiavam e que as Forças Armadas defenderiam a democracia. Que tipo de golpe de estado é esse?
Como é que agora o governo declara que este general já tinha o seu gabinete composto, que havia franco-atiradores, que mandou fuzilar o povo, enquanto este caminhava com a maior tranquilidade, rindo na praça principal? É por isso que uma investigação completa e independente é importante para demonstrar a veracidade deste facto", afirmou Evo no X nesta segunda.
"Existem dúvidas razoáveis entre o povo sobre a ação militar e o povo merece saber a verdade", acrescentou.
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Quais são as outras broncas com Milei?
Este é o mais recente conflito de Milei com outro governo da América do Sul.
Lula disse que não vai conversar com Milei enquanto o argentino não encaminhar um pedido de desculpas ao país e ao próprio petista.
A declaração, feita nesta quarta-feira, 26, amplia o racha entre os dois países, parceiros estratégicos na região — mas que tem governos de matrizes opostas, que se bicam constantemente desde ao menos o ano passado.
Questionado por jornalistas do Uol sobre as negociações com os governos uruguaio e argentino a respeito de foragidos do 8 de Janeiro que debandaram para estes países. Ao dizer que está tratando da questão na forma "mais diplomática possível", o petista não escondeu um ranço com o presidente libertário, que tomou posse em dezembro de 2023.
"Eu não conversei com o presidente da Argentina porque eu acho que ele tem de pedir desculpas ao Brasil e a mim. Ele falou muita bobagem", afirmou o presidente. "Eu só quero que ele peça desculpas, e a Argentina é um país que eu gosto muito [...] Não é um presidente da República que vai criar uma cizânia entre o Brasil e a Argentina"
Além disso, o Milei teve dois episódios de embate com Gustavo Petro, da Colômbia. O embate entre os dois presidentes, nesse caso, escalou de xingamentos pessoais à convocação de diplomatas.
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Comentários (1)
F-35 - Hellfire
2024-07-01 19:06:04Lula, você não está com essa bola toda, menos Lula, menos tá?