Embaixador israelense na ONU tritura carta após voto pró-Palestina em assembleia
O embaixador de Israel na Organização das Nações Unidas (ONU), Gilad Erdan (foto), resolveu protestar pela decisão do plenário da organização de reativar a candidatura da Palestina para se tornar um membro pleno, com poder de voto. Para Gilad, era como se a ONU estivesse triturando a sua própria carta de fundação — o que ele...
O embaixador de Israel na Organização das Nações Unidas (ONU), Gilad Erdan (foto), resolveu protestar pela decisão do plenário da organização de reativar a candidatura da Palestina para se tornar um membro pleno, com poder de voto.
Para Gilad, era como se a ONU estivesse triturando a sua própria carta de fundação — o que ele resolveu mostrar literalmente:
"Vocês estão triturando a carta da ONU com as suas próprias mãos", disse o embaixador, no fim de um discurso de 12 minutos. "Que vergonha de vocês!"
Antes, em seu discurso, o diplomata foi ainda mais incisivo em sua fala. Lembrando a criação da ONU como resposta aos ataques de Adolf Hitler contra o povo judeu, Erdan disse que a organização estaria revertendo este ato e autorizando a criação de um "Estado terrorista da Palestina", liderado pelo "Hitler de nossos tempos."
"Hoje, em uma doentia e maluca ironia, o mesmo corpo criado para prevenir o mal está recepcionando um Estado terrorista em suas fileiras", disse Erdan. "O que [Winston] Churchill diria? O que [Franklin] Roosevelt pensaria? Eles estão se revirando em seus túmulos, revirando em seus túmulos!"
Ele ainda ligou a decisão da ONU a uma possível ascensão de Yahya Sinwar, chefe da organização terrorista Hamas, como futuro "presidente do Estado de Terror do Hamas". Abaixo, em vermelho, a afirmação de que isso ocorreria com "patrocínio das Nações Unidas".
Na votação desta sexta-feira, foram 143 votos a favor, nove contra e 25 abstenções. O Brasil estava entre os países que votaram a favor da reativação da candidatura.
Como os Estados Unidos têm poder de veto no Conselho de Segurança, iniciativa não deve prosperar.
O placar também mostra como Brasil e Argentina estão de lados opostos em diversas questões mundiais.
Nessa última votação, por exemplo, Milei se aliou com os Estados Unidos e Israel, enquanto o Brasil ficou do lado de Rússia e China.
Leia mais em Crusoé: Antissemitismo na USP: “Palestina livre do rio ao mar”
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Comentários (1)
Marcia Elizabeth Brunetti
2024-05-11 15:49:30LULA dando passos largos para trás. Não só é uma vergonha imediata como terá consequências futuras até para a economia do nosso país. Ainda mais agora que precisaremos de muita ajuda externa em virtude da tragédia do RS.