Aqui não, MST
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, MST, invadiu na manhã desta segunda, 15, a Fazenda Santa Mariana, em Campinas, interior de São Paulo. A Fazenda, que tem plantação de eucalipto e criação de gado, está aguardando um processo em tramitação na Prefeitura para a construção de 5 mil moradias populares nos moldes do programa...
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, MST, invadiu na manhã desta segunda, 15, a Fazenda Santa Mariana, em Campinas, interior de São Paulo.
A Fazenda, que tem plantação de eucalipto e criação de gado, está aguardando um processo em tramitação na Prefeitura para a construção de 5 mil moradias populares nos moldes do programa Minha Casa Minha Vida.
Trata-se de uma área de expansão urbana, que fica vizinha a um condomínio com casas avaliadas em mais de 700 mil reais.
Logo após a invasão, a Guarda Municipal da cidade foi acionada. A medida foi tomada com base em um decreto municipal de 2010, que permite o uso dessa força para conter invasões, após esgotadas as possibilidades de acordo.
Quem comandou as negociações por parte da prefeitura foi a Cooperativa de Habitação Popular de Campinas, Cohab. Do lado do MST, estavam uma deputada do PT (Ana Perugini) e vereadores do PT (Guida Calixto, Paolla Miguel) e do Psol (Paulo Bufalo).
Como as conversas não progrediram, foi solicitado que as pessoas desocupassem a área em dez minutos. Eles não acataram a ordem e o grupo de choque avançou.
Quando isso ocorreu, os integrantes do MST começaram a atear fogo ao mato. "Essa ação foi gravada e aparece nos vídeos divulgados pelos vereadores, que incentivaram a ação do MST. Nessas imagens, os próprios invasores aparecem colocando fogo no mato. A tentativa deles era impedir que a nossa célula de choque avançasse", diz Christiano Biggi, secretário de Segurança Pública de Campinas.
O terreno da fazenda foi recuperado no mesmo dia.
Ao ser entrevistado por jornalistas, o advogado do MST, Nilcio Costa, disse que estava em um processo de negociação com o Incra, o Instituto Nacional de Reforma Agrária, uma instituição ligada ao governo federal. Ele também disse que a fazenda era "aparentemente improdutiva". Com a invasão frustrada, Costa afirmou que os integrantes do MST voltariam para as suas residências. Ou seja: todos ali tinham onde morar e ninguém sabia dizer se a fazenda era produtiva ou não.
Durante a invasão, o MST colocou uma faixa com a frase "Ocupar para o Brasil alimentar" em uma cerca foto. A frase é o lema da Jornada Nacional de Lutas, ou "Abril Vermelho", que ocorre em todo o país.
A expulsão dos cerca de 200 invasores, contudo, não terá nenhum impacto na fome dos brasileiros, uma vez que o país é um dos maiores produtores de alimentos do mundo.
"A Prefeitura vai sempre cumprir a lei. Além disso, existe muita pressão da população, que é majoritariamente contra essas invasões", diz o prefeito de Campinas Dário Saad, do Republicanos.
O projeto habitacional popular na Fazenda Santa Mariana está desde 2019 aguardando a aprovação da Lei de Expansão Urbana pela Câmara Municipal de Vereadores.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (5)
marta regina salom�o prates
2024-04-17 23:03:33MST me decepcionando dia após dia, triste.
Pedro Apenas Pedro
2024-04-17 12:29:39Os congressista não se movem para Legislar sobre "Invasões" de terra e propriedades como não se movem para legislar sobre as Máfias Brasileiras chamadas pela mídia de "Milícias" como se milícias fossem.
Amaury G Feitosa
2024-04-17 09:34:29Os assentamentos coletivos foram um desastre e não funcionam os ativos são controlados por verdadeiros ditadores, basta verificar e verão ... terra e muito dinheiro jogado no lixo e muitos abandonam os assentamentos para invadir terras alheias de novo, o governo sabe e nada faz pois esta gente é massa de manobra do bando no poder.
Odete6
2024-04-17 04:31:44Ñ tem nada q fazer ""reforma agrária"" nesse modelo cretino q adotaram!!! Tem é q verificar c/ HONESTIDADE E SERIEDADE as terras disponíveis, da UNIÃO ou ñ, implantar Cooperativas, c/ assentamentos a elas oficialmente vinculados, condicionando a 1a fase p/ a conquista da propriedade da terra a 5 anos de efetiva produção pelo assentado arrendatário, + 5 anos produtivos como condição p/ posse definitiva, mantendo após esse prazo 1 desvinculação condicionada caso o assentado queira vender sua terra
Aurea Marchetti Moraes
2024-04-16 16:17:27Esses vereadores deveriam de ser exonerados, por apoiar isso. Parabéns, pelo feito em Campinas👍🏼