México quer Equador fora da ONU até pedido de desculpas
O governo do México anunciou nesta quinta-feira, 11, que irá pedir a suspensão do Equador como membro da Organização das Nações Unidas (ONU), até que o país peça desculpas oficiais pela invasão à embaixada mexicana no país no última sexta-feira,5. A ação foi confirmada pela chanceler mexicana, Alicia Bárcena, e mostra que o México deverá...
O governo do México anunciou nesta quinta-feira, 11, que irá pedir a suspensão do Equador como membro da Organização das Nações Unidas (ONU), até que o país peça desculpas oficiais pela invasão à embaixada mexicana no país no última sexta-feira,5.
A ação foi confirmada pela chanceler mexicana, Alicia Bárcena, e mostra que o México deverá ir até Haia pela ação equatoriana em sua representação diplomática. A ação tem cinco pontos e, além da suspensão do governo de Quito da ONU, o governo de Andrés Manuel López Obrador (AMLO; foto) quer que o Equador seja considerado responsável pelo dano que as violações causaram; que a Corte Internacional reconheça sua competência para julgar a questão, e que estabeleça o precedente de suspensão imediata a qualquer país que violar a soberania como ocorreu no caso do último fim de semana.
Isso interessa muito ao México, que rompeu relações imediatamente com o Equador e agora quer a suspensão do Equador da ONU sem a possibilidade de veto das grandes potências.
Em sua tradicional coletiva de imprensa diária, AMLO disse que o objetivo da ação é evitar "um fato depreciável como o que sofreu e padeceu o México e, em especial, sua representação diplomática".
"O México tem uma ampla, importante tradição quanto a proteção a perseguidos, ao direito de asilo", defendeu AMLO, que defende o direito do país em conceder asilos diplomáticos — como o que foi dado no fim do ano passado a Jorge Glas, o ex-vice-presidente equatoriano que foi retirado à força da embaixada.
Naquela noite, agentes da Polícia Nacional do Equador foram até a embaixada do México em Quito, arrombaram as portas externas e detiveram o ex-vice-presidente. Apesar de as embaixadas serem território do país anfitrião, o consenso na diplomacia é que as missões são invioláveis.
No início da semana, o governo do Equador tentou acenar após a invasão da embaixada. “Estamos abertos a restabelecer relações, respeitando a soberania do nosso país”, disse a ministra das Relações Exteriores, Gabriela Sommerfeld, em entrevista ao canal Teleamazonas. Até o momento, o México indica ignorar tais acenos.
Leia mais em Crusoé: Equador acena a México após rompimento de relações
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